Município de Coimbra adere a projetos amigos do ambiente e promove poupança de água na rega de jardins

Carlos Lopes, vereador da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) assinalou o Dia Mundial do Ambiente divulgando, na reunião do executivo de hoje,  os projetos em curso por parte do Município.

O plano de mitigação das alterações climáticas deixado pela anterior vereação socialista está agora a ser substituído pelo Programa para o Ambiente e a Ação Climática (LIFE), instituído pela União Europeia (UE) para o período 2021-2027. A UE disponibiliza financiamento para realizar a transformação e o programa agrega vários municípios, conta à RUC, Carlos Lopes, vereador com a responsabilidade do Ambiente na Câmara de Coimbra.

De acordo com o vereador, o Município de Coimbra teve pela primeira vez receita de cerca de 16 mil Euros com a venda resíduos. Adiantou também que está estabelecido com a ERSUC um protocolo para pagamento de resíduos recicláveis.

Carlos Lopes lembrou a redução de quase duas toneladas de resíduos no cortejo da Queima das Fitas. Em 2023 o cortejo da Festa Académica aumentou o volume de resíduos recicláveis.

À RUC, o vereador realça um outro programa, o projeto europeu CrAFt (Creating Actionable Futures), que pretende ajudar as cidades a tornarem-se neutrais do ponto de vista climático. O projeto vai ligar cultura, ambiente e desporto e vai ser expandido pelas freguesias do concelho.

De 25 Eco-Escolas no ano letivo passado, Coimbra passou a ter 30 escolas no programa no presente ano letivo. A Câmara Municipal tem também um projeto para requalificar a praia do Rebolim  depois de, como considerou o vereador, ter sido cometido um crime ambiental com a destruição da vegetação ripícola. Coimbra foi recentemente reconhecida como cidade resiliente pela ONU e recebeu a bandeira de cidades amigas da juventude, lembrou Carlos Lopes.

O alargamento das preocupações ambientais a todo o território do Município de Coimbra é outro dos cuidados do vereador da área do Ambiente.

Na reunião de Câmara de hoje foi também aprovada uma “Proposta de Plano Municipal de Redução e Contingência Para o Consumo de Água de Rega de Espaços Verdes”. De acordo com Francisco Queirós, vereador que tutela os espaços verdes e jardins, é necessário ter em conta medidas fundamentais e continuar a diminuir a quantidade de água que se gasta na rega.

O plano prevê duas fases e será aplicado “até ao final de outubro ou até o início do período de chuvas”. Entre as medidas imediatas estão “a deteção de fugas e consumos excessivos, em articulação com a Águas de Coimbra” e “os sistemas de rega automática de relvados serão programados para rega alternada (dia sim, dia não) e somente durante o horário noturno”.

Caso se justifique vão existir medidas críticas e de contingência como a suspensão da “plantação de novas árvores, assegurando-se a rega apenas das árvores plantadas nos últimos dois ou três anos” ou  a suspensão “do abastecimento com água da rede pública de lagos e fontenários, mantendo-se, no entanto, um nível mínimo de água necessário para prevenir a sua degradação, mitigar os estragos e sobretudo não comprometer a saúde pública”, lê-se na proposta agora aprovada.

Nos próximos dias vai também ser promovida uma campanha a convidar os conimbricenses a aderirem a medidas de diminuição do gasto de água e a substituírem a relva dos jardins por prados, mais amigos da biodiversidade e menos consumidores de água.

O Dia Mundial do Ambiente foi criado em 1972, pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

Fotografia: CMC