Amílcar Falcão afirma que são precisos “pelo menos mais dois reitores para requalificar todo o património”
Amílcar Falcão reconhece que ainda há muito património por requalificar e que vão ser necessários mais dois mandatos de reitores para as obras estarem concluídas. Alfredo Dias indica que ao longo do mês de junho vão ser apresentados os projetos de reabilitação para o Palácio Real, Colégio das Artes e Jardins da Associação Académica de Coimbra.
No dia 1 de junho, a Sala Grande dos Atos da mais velha Universidade do país recebeu o evento “A Academia e a Cidade: o Paço das Escolas”, no âmbito das Comemorações dos 10 anos da inscrição da Universidade de Coimbra (UC), Alta e Sofia na lista de Património Mundial da UNESCO.
Amílcar Falcão, reitor da UC, recorda, durante a sua intervenção, a responsabilidade “coletiva e nacional” em preservar este património, que requer muito financiamento e no qual o Estado não participa. O reitor da Universidade refere que “ainda há muito património por requalificar”, o que implica “tempo, investimento e trabalho” e serão precisos “pelo menos mais dois reitores para requalificar todo o património”.
Em entrevista à Rádio Universidade de Coimbra (RUC), Alfredo Dias, vice-reitor da UC responsável pelas pastas do Património, Edificado e Turismo, indica que durante o mês de junho pretendem discutir a estratégia de reabilitação do património da Universidade. Apesar de já haverem planos, nomeadamente para o Palácio Real, Colégio das Artes e Jardins da Associação Académica de Coimbra (AAC), o entrevistado sublinha que ainda não há datas previstas de execução e que são apenas projetos que espera que sejam “reforçados e consolidados” até ao fim das Comemorações.
António Sampaio da Nóvoa, embaixador de Portugal na UNESCO de 2018 a 2021, foi um dos convidados a intervir durante a sessão. O reitor da Universidade de Lisboa (UL) evocou o professor francês George Steiner para apresentar a sua visão para a UC: “A tarefa maior que temos pela frente é publicar a Universidade”. O professor da UL defende que a instituição coimbrã deve continuar a preservar, guardar e transmitir publicamente o património. Do mesmo modo, António Sampaio da Nóvoa diz que a UC tem que se “comprometer” com “temas e debates” da cidade.
Os reitores eméritos Fernando Seabra Santos e João Gabriel Silva, bem como o académico, historiador e diretor do Museu Calouste Gulbenkian, António Pimentel, também intervieram durante a sessão onde foi recordada a história da Universidade de Coimbra.
Fotografia: Universidade de Coimbra