João Figueira: “Mais tempo permite dar mais espetáculo”

A Queima das Fitas continuou na terça-feira, dia 23 de maio, numa noite que incluiu uma vez mais atuações dos grupos académicos, desta feita da Phartuna e da Imperial TAFFUC. Nas últimas edições da Queima das Fitas tem sido dada uma maior relevância aos grupos académicos, com a queima a apresentar cartazes com menos artistas de fora do mundo académico e mais tunas convidadas a atuar.

João Figueira, da Phartuna – Tuna de Farmácia de Coimbra, em declarações à Rádio Universidade De Coimbra (RUC), considera “importante dar relevância à tradição de Coimbra” e que quando se pensa em Coimbra, pensa-se em tunas. O entrevistado concorda que um cartaz com menos grupos que não pertencem à academia pode perder um pouco de universalidade mas sublinha que o equilíbrio é a chave para o sucesso.

O presidente da Phartuna acredita que a tradição é relevante, mas tem que se ir adaptando às mudanças da sociedade. O estudante defende a presença de mais grupos académicos em momentos como a Queima das Fitas, para que não sejam sempre os mesmos a atuar. Quanto aos costumes, acredita que se deve “moldar a tradição de acordo com o tempo em que estamos”.

João Figueira tem notado uma maior adesão por parte do público às atuações das tunas académicas. O membro da tuna de farmácia, diz que o facto de terem mais tempo de palco, permite dar mais espetáculo. O presidente da Phartuna mostrou-se deslumbrado com a afluência do público e indica que “é impressionante a quantidade de pessoas que estão a aderir à nossa tradição”.

Apesar de elogiar a adesão do público, o presidente da Phartuna não deixa de notar e considerar que “antigamente o convívio era mais sólido”, pois “era um público mais quente”. Para João Figueira, as pessoas agora podem não estar tão a par da tradição e do repertório académico, mas é compensado com a adesão em massa do público às atuações.

A Queima das Fitas prossegue até sexta-feira, dia 26 de maio. Até lá, no Palco Principal do Parque da Canção, no que se refere aos grupos académicos, vão atuar o Coral Quecofónico do Cifrão, a Desconcertuna, a Orxestra Pitagórica, as FANS e o Grupo de Fados e Guitarradas.