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Serenata Monumental encantou uma parte da comunidade estudantil

Depois das limitações divulgadas pela Comissão Organizadora da Queima das Fitas no acesso ao espaço, o fado coimbrã voltou a emocionar os estudantes que conseguiram assistir ao concerto. Para quem presenciou o momento dentro Porta Férrea, o Paço das Escolas “dignificou” a Serenata Monumental.

Às doze badaladas desta sexta-feira, Coimbra silenciou-se mais uma vez para ouvir a Serenata Monumental, que decorreu no Paço das Escolas.

Ao som das vozes e das guitarradas de Inquietação – Grupo de Canção de Coimbra e do grupo de Fado d’Anto, a tradição cumpriu-se ao reunir a música com os estudantes.

Após uma distribuição atribulada das pulseiras que davam acesso ao espaço onde se realizou o evento, apenas metade do Paço das Escolas se encontrava preenchido por capas negras. Muitos foram os que assistiram além da Porta Férrea, num ecrã.

Em entrevista à Rádio Universidade de Coimbra (RUC), João Sousa, presidente da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (SF/AAC), acredita que o Paço das Escolas “dignifica” a Serenata Monumental e que “em nada fica a dever” enquanto “espaço icónico do complexo universitário”, perante a impossibilidade de acontecer na Sé Velha.

João Caseiro, presidente da Direção-Geral da AAC defende que o momento musical não perdeu o simbolismo e a tradição ao se realizar num sítio diferente. Para o dirigente associativo, é uma “alternativa muito digna”.

Matias Correira, Dux veteranorum de Coimbra, lamenta que ainda não seja este ano que a Serenata regressa à Sé Velha, apesar da promessa da Câmara de Coimbra, mas considera que o momento “não é menos Serenata Monumental” por se realizar noutro lugar.

A propósito do momento conturbado de distribuição das pulseiras, Matias Correia reconhece falhas por parte da Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF), contudo, relembra que estão  dependentes de ordens de entidades externas, como da Proteção Civil e PSP, que impuseram alterações ao evento “à última da hora”.

Margarida Pardal, finalista do curso de Medicina da UC, lamenta que nem todos os estudantes tenham conseguido pulseira para assistir ao concerto no Paço das Escolas, mas diz não querer “apontar dedos” à Comissão Organizadora. A finalista sente que o lugar onde se realizou a icónica Serenata Monumental, “dignifica” a tradição.

A Serenata Monumental da Queima das Fitas 2023 fica marcada pelo sentimento de desvalorização apontado pelos estudantes. Porém, o Dux veteranorum assegura que a comunidade estudantil é sempre o foco e espera que o evento musical mais emblemático de Coimbra, regresse à Sé Velha, em 2024.

A partir desta sexta-feira, e até dia 27 de maio, a Praça da Canção recebe as noites do parque, onde durante os primeiros quatro dias, o Palco RUC estará presente a oferecer música alternativa aos estudantes.

No dia 23 de maio, a Sé Nova acolhe a tradicional Queima do Grelo na parte da manhã, e na parte da tarde, 80 carros alegóricos vão desfilar desde a Alta de Coimbra, até ao Parque Verde.

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