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Estudantes de Letras debatem futuro

Encontro Nacional de Estudantes de Letras reúne em Coimbra alunos de várias geografias. Estão a refletir sobre dificuldades que enfrentam e traçam perspetivas de futuro.

Até ao próximo domingo, convidados como Rui Tavares, deputado na Assembleia da República, Alice Sousa, poeta e autora do poema “Cor de pele”, Francisco Guimarães, comentador da Sport TV, Pedro Miguel Santos, jornalista do Fumaça, Cláudia Lucas Chéu, escritora, poeta e dramaturga, e João Moreira, que dá voz à personagem de Bruno Aleixo, falam dos percursos de vida e da importância da palavra escrita ou dita nas suas vidas.

Madalena Santos, presidente do Núcleo de Estudantes da Faculdade de Letras da Associação Académica de Coimbra (NEFLUC/AAC) fez para a RUC e para o jornal A Cabra um balanço do primeiro dia do Encontro Nacional de Estudantes de Letras (ENEL).

O Teatro Paulo Quintela acolheu esta sexta-feira Alice Sousa, Francisco Guimarães, Pedro Miguel Santos, Cláudia Lucas Chéu e João Moreira. Os convidados falaram da importância das diferentes formações académicas e da forma como as letras entraram nas suas vidas. Participaram no painel “As Realidades das Letras”, que foi moderado pela docente da Faculdade de letras da Universidade de Coimbra (FLUC), Ana Isabel Ribeiro.

Se para Alice Sousa a escrita foi algo que sempre a acompanhou, para Francisco Guimarães crescer numa casa rodeada de livros fez a diferença. Pedro Miguel Santos sempre quis ser jornalista, embora tenha experimentado outras coisas. Cláudia Lucas Chéu escreveu desde muito cedo e uma doença prolongada da mãe foi um dos catalisadores para “observar mais a vida”. Já para João Moreira, a escrita passa pelos guiões “muito técnicos”, “não literários” que tem de escrever para dar voz a cada persona das suas histórias.

Madalena Santos destaca a qualidade das mensagens dos oradores.

A importância de errar nas escolhas e redefinir o caminho, a abertura à exploração de percursos inusitados (como a utilização de plataformas de vídeo e de escrita para criar conteúdos e viver disso), a experimentação para além das letras procurando atividades fora das paredes das faculdades ou a criação do espírito crítico, que só as humanidades podem dar, foram direções apontadas pelos convidados.

Na plateia do Teatro Paulo Quintela, esta sexta-feira, estavam estudantes de vários pontos do país. Madalena Santos acredita que apareçam mais pessoas, uma vez que as temáticas ao longo do fim de semana são várias e destinadas a todos os cursos.

O Encontro Nacional de Estudantes de Letras continua durante o sábado e termina no próximo domingo. A presidente do NEFLUC/AAC conta o que vai acontecer durante o dia 22.

Na tarde de sábado, há um debate sobre “Melhorias Pedagógicas”. Madalena Santos explica que, uma vez que a ajuda do NEFLUC/AAC é solicitada sobretudo por questões pedagógicas, é pertinente pôr os estudantes a debater o assunto.

O deputado Rui Tavares encerra o encontro no dia 23, com o tema “O futuro das letras no Enquadramento Social e Tecnológico atuais”. A conferência conta com a participação  do vice-reitor para a Cultura e Ciência Aberta, Delfim Leão e do diretor da FLUC, Albano Figueiredo.

Os estudantes congressistas têm a oportunidade de visitar a cidade e ir à exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de abril”, no Convento São Francisco.

O encontro tem também uma componente solidária uma vez que, para participar, é necessário adquirir o bilhete no valor de 2,50 euros, que será doado à Casa Elysio de Moura.

No âmbito do ENEL, no átrio do Teatro Paulo Quintela, aberta a todos os que frequentam a FLUC,  marca presença uma feira do livro patrocinada pelos CTT e pela editora Leya. 

A RUC entrevistou Pedro Miguel Santos, jornalista do Fumaça. A conversa vai estar disponível em formato de podcast em www.ruc.pt.

Fotografia: FLUC

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