Profissionais da educação reivindicam melhores condições de trabalho e direito à greve
André Pestana explica que enquanto houver tentativas do Governo de impor “serviços mínimos ilegais” e “intimidar quem está a fazer manifestações nacionais pacíficas”, os protestos vão continuar. O sindicalista anuncia uma grande manifestação no dia 25 de abril.
Esta sexta-feira, dia 24 de março, vários profissionais da educação protestaram na Baixa de Coimbra, pela limitação do direito à greve, imposta pelo Ministério da Educação. Não deixaram de alertar para as dificuldades vividas pelos docentes e para a desvalorização que sentem ao longo da sua carreira profissional.
Por entre os gritos de revolta, André Pestana, líder do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), explica o propósito da manifestação aos diferentes membros da comunicação social presentes, entre os quais a Rádio Universidade de Coimbra (RUC).
Desde o dia 9 de dezembro do ano que findou, são várias as marchas que estão a decorrer de norte a sul do país. Segundo André Pestana, esta última é motivada pelo documento que foi apresentado na última reunião com o Ministério da Educação, há cerca de 2 dias, com soluções que o Stop considera insuficientes.
A marcha teve inicio no Palácio da Justiça, uma vez que os manifestantes pretendem mais justiça na Educação, e terminou na ponte de Santa Clara, em jeito de metáfora para a união que os protestantes pretendem estabelecer com João Costa, ministro da Educação.
Apesar do cansaço sentido pelos docentes e não-docentes, este tipo de manifestações são fulcrais não só para reclamar melhor as suas condições de trabalho, mas também para deixar um legado para as gerações vindouras poderem exercer um emprego digno em Portugal, realça o manifestante.
O entrevistado indica que contrariamente ao nome, o movimento Stop não vai parar de protestar até que haja uma mudança significativa, não só na Educação como também noutros setores, como na saúde, na cultura, entre outros.
André Pestana, por entre as palavras de revolta, apela a que todos se juntem ao movimento Stop na grande manifestação que vai ocorrer em Lisboa, no dia onde a liberdade grita mais alto, 25 de abril. A revolução, feita por parte do corpo da educação, vai estender-se ao nível internacional, mais concretamente até Bruxelas.