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24.03.2023POR Informação RUC

ClimaAção e Interdito celebram o Dia Internacional da Árvore sob o signo do luto

“Os cortes de tantas árvores representam um crime contra o ambiente e contra a cidade de Coimbra”, afirma a manifestante Margarida Lima, em relação aos abates no âmbito da empreitada do MetroBus.

O movimento ClimAção Centro e o grupo performativo Interdito juntaram-se na Praça da República para celebrar o Dia Internacional da Árvore em jeito de protesto. “As árvores têm de ficar, o Metrobus pode passar” e “Não há planeta-B” foram alguns dos motes entoados pelos manifestantes ao longo da tarde desta terça-feira.
A tomada de posição dos dois coletivos está relacionada com a decisão da Câmara Municipal de Coimbra de abater árvores na rua Lourenço de Almeida Azevedo. Miguel Dias, do ClimAção Centro, lamenta os cortes que o parque arbóreo da cidade de Coimbra sofreu ao longo deste ano.

Margarida Lima, coordenadora do grupo teatral Interdito, informa que os manifestantes não se posicionam contra o projeto do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), mas querem repensar a vasta quantidade de abates que o património arbóreo da cidade tem sofrido no âmbito da obra do MetroBus.

“A árvore é ecosistema, a árvore é vida”, afirma Miguel Dias. O ativista aponta que as gerações mais novas são as que mais vão sentir os efeitos da redução do património arbóreo de Coimbra e revela-se contente por ver jovens a participar da manifestação.

O teatro pode ser um mediador de transformação social, no entender de Margarida Lima. O grupo teatral Interdito decidiu abandonar os locais clássicos e ir para a rua lutar a favor de causas justas, explica a professora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

A Câmara Municipal de Coimbra ainda não informou sobre a data de começo do corte das árvores da Rua Lourenço Almeida de Azevedo.  Os grupos ClimAção e Interdito dizem-se prontos para bloquear os cortes das árvores.

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