Matias Correia é reeleito dux veteranorum da Universidade de Coimbra
Matias Correia espera abrir caminho para uma renovação da imagem da praxe académica Coimbrã.
O estudante de doutoramento em Engenharia Eletrotécnica na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) vai assegurar o mandato até 2027. O candidato único ganhou com apenas um voto contra, avança o Jornal Universitário ACabra.
Perante as críticas dirigidas ao Magnum Consilium Veteranorum (MCV), por não terem defendido a tradição do cortejo à terça-feira, Matias Correia explica, em entrevista à Radio Universidade de Coimbra (RUC), que a origem do problema assenta na imposição, por parte Câmara Municipal de Coimbra (CMC), de mudar o dia do cortejo mediante um “evento externo”. O entrevistado considera que o Conselho de Veteranos é visto como um órgão conservador, fixo e intransigente, todavia, o MCV soube adaptar-se à problemática. O dux veteranorum da UC recorda que o Conselho de Veteranos é composto por “gerações atuais”, habituadas a que o cortejo se realize ao domingo.
A primeira candidatura de Matias Correia, em 2019, tinha três finalidades: recredebilizar o conselho de veteranos enquanto instituição, rever o código de praxe e renovar a imagem da praxe académica Coimbrã. Volvidos quatro anos, o doutorando acredita que deu mais credibilidade ao órgão, mas sente que a pandemia da Covid-19 limitou o trabalho da sua equipa. O entrevistado qualifica a renovação da imagem da praxe académica Coimbrã de “difícil” e “utópica”, mas espera que com a revisão do código de praxe, aprovada no presente ano letivo, alcance o objetivo.
O estudante de Engenharia Eletrotécnica observa um “reverso da mentalidade”, por parte da academia, no que diz respeito ao uso da capa e da batina, desde há quatro anos. O entrevistado relembra que o traje era associado à praxe e que atualmente é visto como um “uniforme académico”, vestido em outros eventos da academia, como em Assembleia Magna.
Matias Correia incentiva as comissões de curso a usarem os carros alegóricos para satirizarem a mudança do dia do cortejo, por parte do município, e afirma que o Conselho de Veteranos tem pensado em formas de criticar a decisão da CMC, porém, ainda não pode revelar quais.