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24.02.2023POR Isabel Simões

Revisão da Estratégia Local de Habitação não colheu consenso na Assembleia Municipal de Coimbra

Câmara de Coimbra prevê construir de 268 fogos em Taveiro, um investimento que totaliza 45 milhões de euros. Presidente da União de Freguesias de Taveiro, Ameal e Arzila absteve-se e deixou alguns reparos.

A revisão da Estratégia Local de Habitação foi um dos pontos em agenda na Assembleia Municipal de Coimbra de ontem, quinta-feira, dia 23 de fevereiro. O documento mereceu os votos contra do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC). A favor votaram os vários partidos que compõem a coligação Juntos Somos Coimbra e quatro deputados da  CDU. O documento foi aprovado por maioria.

O Partido Socialista absteve-se assim como o presidente da União de Freguesias de Taveiro, Ameal e Arzila, Jorge Mendes, que pertence à bancada da CDU. Sem se afirmar contra a localização dos novos fogos a construir na Quinta das Bicas em Taveiro, o autarca deixou, no entanto, algumas recomendações.

Coube a Graça Simões, líder da bancada do CpC justificar os dois votos contra do movimento. A deputada lembrou que, quando em dezembro de 2020 se aprovou a Estratégia Local de Habitação o CpC também votou contra. Então, foram elencados pelo movimento “oito pontos fracos da estratégia”. Do ponto de vista da deputada, no novo documento os pontos fracos “saem reforçados”. Graça Simões apontou algumas das debilidades da Estratégia Local de Habitação agora revista.

Rui Claro, deputado eleito pelo Partido Socialista apelidou a proposta de revisão como “inócua”. Para o socialista o documento não é mais do que “uma operação de cosmética” da estratégia delineada pelo anterior executivo socialista. O deputado adiantou que o documento apenas abrange situações cobertas pelo 1º Direito e deixou algumas perguntas.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, voltou a invocar o “prazo curto” que o município tem para aproveitar as verbas alocadas para a habitação do Plano de Recuperação e Resiliência.  O autarca referiu também que gostaria de investir em habitação nas 31 freguesias. Nesse sentido informou os deputados ter solicitado aos presidentes de junta a indicação de casas que pudessem ser adquiridas, no âmbito do primeiro direito e do rendimento acessível. “As respostas que recebemos foram mínimas”, disse.

A Assembleia Municipal de Coimbra, também aprovou por maioria a taxa turística de um euro proposta pelo executivo. O ponto contou com os votos a favor da CDU e da coligação Juntos Somos Coimbra. O Partido Socialista dividiu-se entre o voto contra e a abstenção.

Fotografia: CMC

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