Enfermeiros exigem progressão salarial

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) esteve reunido numa manifestação para exigir o pagamento de retroativos em falta e correta aplicação de pontos, que tem implicação na progressão salarial.

A concentração, que também provocou uma greve de 24 horas, realizou-se junto à Administração Regional de Saúde (ARS) do centro e levou cerca de 20 profissionais a levantarem frases de ordem como “ARS Centro paga o que deves”, “Progressão não pode ser uma ilusão” ou  “Enfermeiros motivados têm de ser valorizados”.

Esta é uma das várias ações de reivindicação do SEP, depois de terem realizado uma concentração no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), no início da semana (dia 20).

Em entrevista à Rádio Universidade de Coimbra (RUC), Rui Marroni, membro do SEP, esclarece os motivos da manifestação. O sindicalista acusa a ARS de cumprir a lei, causando descontentamento junto dos profissionais que tiveram um papel importante no combate à pandemia.

O coordenador da direção regional de Coimbra do SEP, Paulo Anacleto, avisa que o órgão que tutela os serviços da região centro está a fazer uma atribuição incorreta de pontos aos vínculos precários. O dirigente sindicalista relembra casos de enfermeiros que iniciaram funções em 2018 e que, atualmente, não possuem a atribuição de pontos devidos.

Paulo Anacleto classifica como “inqualificável” a recusa por parte da ARS centro do pagamento dos retroativos referentes a janeiro de 2018. O coordenador da direção regional lembra que o sindicato já venceu processos em tribunal acerca desta situação.

O dirigente sindical refere que o Ministério da Saúde ainda não marcou nenhuma reunião com o sindicato mas o governo tem conhecimento desta situação. Paulo Anacleto critica a ARS centro pela falha na contagem no tempo de serviço dos enfermeiros.

O SEP esclarece que tem mais ações reivindicativas programadas para hospitais da região centro do país. Este calendário de manifestações estende-se até ao mês de março. Na moção entregue à ARS, o SEP defende ainda a vinculação de todos os enfermeiros em situação precária, a admissão de mais enfermeiros e a abertura de concurso para fixação de todos os enfermeiros em regime de mobilidade.