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Graça Freitas assinala papel da Direção-Geral da Saúde no dia da FFUC

No âmbito da comemoração dos 102 anos da Faculdade, Graça Freitas centrou a sua intervenção na Direção-Geral, na saúde, e nos cidadãos.

A 14 de fevereiro, a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) celebrou o seu aniversário com uma sessão solene no qual discursaram a diretora-geral da saúde, Graça Freitas, o diretor da FFUC, Fernando Ramos, a presidente do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra (NEF/AAC), Catarina Melo, e o reitor da UC, Amílcar Falcão.

 

A sua passagem na Direção-Geral da Saúde

 

Graça Freitas recordou o seu primeiro desafio, após ter ocupado o cargo de diretora-geral da saúde de substituição em outubro de 2017, o surto de varicela numa instituição de acolhimento com 8 mulheres grávidas. A médica enalteceu a experiência de preparação e reposta a emergências em saúde pública, que adquiriu durante 12 anos enquanto sub-diretora, bem como o seu trabalho em programas de promoção e de proteção de saúde, na resposta a doenças transmissíveis e  nos programas de vacinação, com destaque para o programa nacional de vacinação, que lhe foi útil na sua primeira adversidade enquanto diretora-geral. A oradora considera que se lidou com o surto “tão bem que nem se deu conta” e defende uma colaboração estreita com todos os agentes da saúde nacionais, regionais e hospitalares.

 

As competências da Direção-Geral

 

Graça Freitas refere que o papel da Direção-Deral da saúde está ligado ao Programa Nacional de Saúde (PNS) e que existem compromissos no âmbito de uma saúde sustentável, com o objetivo de melhorar o bem estar da população, em todo ciclo de vida, “sem deixar ninguém para trás”.

A Direção-Geral é a casa da saúde publica”, afirma Graça Freitas. A oradora destaca as consequências na saúde derivado do agravamento das desigualdades sócio-económicas, da crise demográfica com o duplo envelhecimento da população, do decréscimo populacional, da continuidade do padrão de litoralização dos movimentos migratórios, das mudanças climáticas e da crise energética, que impacta a cadeia de valor de distribuição dos alimentos e da medicação.

No âmbito do PNS20-30, Graça Freitas revela que foram escolhidas cinco categorias de necessidade em saúde: a redução da morte prematura; da carga de doença e de incapacidade, dos fatores de risco mais prevalecentes na sociedade; não deixar perder o que já se conquistou ao “jamais andar para atrás” e desenvolver os fatores protetores da nossa saúde.

A médica aponta que as competências da Direção-Geral da saúde nos próximos anos, devem-se concentrar na promoção da literacia em saúde e afirma que um dos maiores grupos de risco no futuro são os homens porque “fazem pouco“ pela sua saúde.

 

O papel da Direção Geral da Saúde na gestão da pandemia

 

A diretora-geral relembra que a resposta dada à Covid-19, em janeiro de 2020, baseou-se em três pilares: a identificação e avaliação do risco, a sua gestão, a sua comunicação, bem como das medidas da minimização. Graça Freitas indica que as linhas gerias do plano de contingência tinham duas fases: a fase de contenção, para controlar a disseminação do vírus, e a fase da mitigação, numa ótica de amortecer o impacto e generalizar a prestação de cuidados.

A crise valores e de confiança que os cidadões depositam nas instituições, as novas formas de comunicação, a transição digital, o desenvolvimento biotecnológico, que permitiu o fabrico em tempo útil das vacinas com “qualidade, eficazes e seguras”, são as adversidades e os objetivos da Direção-Geral de Saúde, nos próximos anos.

No decorrer da sessão, foi feita a entrega dos prémio de mérito a estudantes que concluíram o curso no ano letivo de 2021/2022, assim como prestada homenagem a uma aposentada da FFUC durante o último ano. Graça Freitas recebeu igualmente uma homenagem, em reconhecimento pelo seu desempenho na Direção-Geral da Saúde.

 

Fotografia do Jornal Universitário ACabra

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