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Desmaterialização da Universidade marca a audição pública a Amílcar Falcão

Amílcar Falcão considera que os espaços do edifício da Associação Académica de Coimbra devem ser mais bem otimizados para as atividades das várias secções da casa. O recandidato admite ter-se pronunciado, em privado, sobre a estrutura da comissão de avaliação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior.

A audição pública do candidato único ao cargo de reitor da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão, realizou-se no dia 30 de janeiro, no Auditório da Auditoria.

A sessão contou com a apresentação do programa de ação do candidato, seguida de um debate do plano de Amílcar Falcão para o mandato 2023-2027, com trinta minutos para a colocação de perguntas, exclusivamente aos membros do Conselho Geral da Universidade de Coimbra (CGUC), e trinta minutos para respostas do candidato.

Amílcar Falcão estima que a UC deve ajudar as secções nas atividades culturais e desportivas, perante a falta de espaços que são  uma “insatisfação permanente”. O reitor da Universidade defende o diálogo entre a instituição e a Associação Académica de Coimbra (AAC) e aponta para uma otimização dos espaços do edifício académico que, a seu ver, não está a acontecer. “Há muitas salas que estão fechadas há muitos anos e pessoas a dizerem que precisam de espaço”, afirma o candidato.

No que diz respeito à estrutura da comissão de avaliação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RIJES), Amílcar Falcão, enquanto membro do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), não condenou explicitamente a ausência de auscultação aos estudantes previamente à emissão do despacho que elegeu a comissão. Segundo o reitor, a CRUP pronunciou-se sobre esta matéria “onde tinha que o fazer”, ao contrário do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) que criticou publicamente e através de uma carta endereçada à Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, a falta de representatividade estudantil. O orador defende que os diversos atores vão ter a oportunidade de se expressar sobre o documento, mas que o importante é que haja uma equipa a detetar e a comunicar os problemas do RIJES. Perante as críticas proferidas nos últimos dias à equipa eleita para rever o RIJES,  o professor catedrático de farmácia diz que se “há tanta contestação à comissão que a comissão deve ser boa”.

Amílcar Falcão esclarece que os alicerces da sua candidatura mantém-se idênticos aos pilares do seu primeiro mandato: a investigação, o ensino, os desafios societais e a internacionalização. O foco para os próximos cinco anos paira no Edifício digital que, na perspetiva do reitor, vai colocar a Universidade de Coimbra à frente das outras instituições de ensino superior. O candidato conta que os projetos digitais têm sido múltiplos, desde 2020, e salienta a atribuição do prémio Best Education Project, na 6º Edição do Portugal Digital Awards, à plataforma UC Teacher.

De acordo com Amílcar Falcão, a UC Exames é uma plataforma autónoma e será adaptada às circunstâncias de cada unidade orgânica e curricular. O candidato à reitoria da UC sublinha que a plataforma pode ser levada até onde é necessária e que não permitirá fraudes nos momentos de realização dos exames. O orador explica que as avaliações vão decorrer de forma presencial, a partir de computadores pertencentes à UC e inacessíveis à rede, em moldes que respeitem o Regulamento de Proteção de Dados (RGPD).

O candidato à reitoria da universidade para o mandato 2023-2027 recorda a visão alternativa que tinha há cinco anos e que impulsionou a sua primeira candidatura. Meia década depois, na apresentação do seu programa, o orador indica que a motivação à sua recandidatura está na vontade de terminar os projetos que idealizou e não executou. Ao longo da apresentação do seu programa estratégico para o mandato 2023-2027, Amílcar Falcão enfatizou a evolução das diferentes áreas da universidade, como a investigação, a sustentabilidade ou o marketing, desde que ocupou na reitoria, em 2018. O candidato deu destaque à criação do UC Business, a criação da Comissão de Trabalhadores e as alterações efetuadas no organograma da Universidade de Coimbra.

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