Manifestação de professores enche Praça 8 de maio
Fenprof afirma que greve no distrito teve uma adesão superior a 90%. Mário Nogueira refere que professores estão cansados de não serem respeitados.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) organizou uma manifestação durante a manhã de terça-feira que culminou na Praça 8 de maio, em Coimbra. Esta ação reivindicativa faz parte de um conjunto de manifestações por todo o país ( uma em cada distrito) e que decorrem desde o início do ano. Os professores exigem um aumento dos salários, maior progressão nas carreiras e são contra as alterações ao regime dos concursos.
A manifestação contou com a presença de mais de três mil professores e a Fenprof afirma que a adesão à greve no distrito de Coimbra foi superior a 90%.
Durante o discurso feito aos manifestantes, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, referiu que a dimensão destas ações de reivindicação aumentou após a entrega de documentos do ministério da educação. O dirigente federativo acrescentou que as medidas que o governo quer aplicar na classe dos professores irão criar uma “onda de contestação” pelos profissionais do setor.
Mário Nogueira concluiu o discurso aos manifestantes, apelando aos restantes grupos de representação dos profissionais de educação para se unirem em torno das necessidades dos professores de todo o país.
Em entrevista à Rádio Universidade de Coimbra (RUC), o dirigente federativo aplaudiu a mobilização feita pelos professores do distrito de Coimbra. Mário Nogueira adiciona que esta manifestação pode ser comparada às ações reivindicativas já realizadas no passado, na Praça 8 de maio.
O encerramento da manifestação contou com vários discursos de líderes sindicais e também de alguns estudantes presentes. Mário Nogueira elogia a presença de alunos e encarregados de educação nas “lutas” dos professores.
O dirigente federativo explica que o essencial destas manifestações é a mudança das medidas aplicadas por parte do ministério da educação. Mário Nogueira não exclui a demissão do ministro João Costa pois os professores dizem que “já não podem ver o ministro”.
Estas manifestações estão a decorrer em todo o país e culminam na cidade do Porto, no dia 8 de fevereiro. Estas ações reivindicativas são responsabilidade de uma conjunto de nove associações sindicais: Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (SINAPE), Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU), Federação Nacional de Educação (FNE),Pró-Ordem dos Professores – Associação Sindical/Federação Portuguesa dos Professores, Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (SEPLEU) e Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP)