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20.01.2023POR Isabel Simões

Vantagens da Alta Velocidade e MetroBus não impedem constrangimentos “transitórios”

Haverá necessidade de desativar Coimbra-A para proceder a obras no canal do MetroBus Coimbra-B – Portagem. Câmara Municipal e Infraestruturas de Portugal estudam a melhor maneira de os passageiros vindos do norte e do sul fazerem o transbordo para chegarem à cidade. Alta Velocidade traz duplicação da linha do norte e mais comboios a circular em menos tempo.

Segundo o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, o caminho de ferro deixou algumas “feridas” na população da região. O responsável identificou dois problemas prolongados no tempo, a atual Estação de Coimbra-B e a desativação do Ramal da Lousã. O governante garantiu, na última quarta-feira, na sessão de apresentação das ideias gerais do futuro Plano de Pormenor da nova Estação de Coimbra, “que ninguém ficará com um sistema de mobilidade pior” com a Alta Velocidade e o MetroBus a funcionarem, antes pelo contrário.

Até lá, os viajantes de comboio para Coimbra, com origem no Norte ou no Sul vão passar por alguns constrangimentos assim que iniciarem os trabalhos do MetroBus no atual canal ferroviário que liga as duas estações da cidade.

Carlos Fernandes, vice-presidente do Conselho de Administração da empresa Infraestruturas de Portugal (IP) informou a comunicação social de que não é possível a coabitação entre comboios e obras no canal ferroviário entre as ainda Estações de Coimbra-B e Coimbra-A.

Segundo o responsável da IP, os passageiros vão ter de chegar “de forma transitória à cidade” enquanto a obra estiver a ser feita. Carlos Fernandes não adiantou prazos de encerramento para Coimbra-A justificando com a “ complexidade das obras” em curso e a realizar. Asseverou, no entanto, que Município e IP estão a estudar a melhor forma de assegurar a viagem dos passageiros até à cidade de Coimbra.

Quanto à Alta Velocidade, a construção em linha ibérica vai permitir o uso dos comboios Alfa e Intercidades nas duas linhas: Linha do Norte e Linha de Alta Velocidade. A Linha de Alta Velocidade não vai passar na Estação de Coimbra, os comboios de Alta Velocidade vão usar a linha do Norte para parar na estação.

Como a Linha do Norte a sul de Coimbra já não tem capacidade para caberem mais comboios, a linha vai ser quadruplicada neste troco, o que favorece a ligação à Figueira da Foz. Carlos Fernandes explicou as vantagens.

“A Alta Velocidade não esgota a estratégia para a ferrovia” afirmou o secretário de Estado das Infraestruturas adiantando que a eletrificação de toda a Linha do Oeste está nos planos do governo. Lembramos que em curso estão os trabalhos de eletrificação até às Caldas da Rainha estando em falta a parte da linha que chega à Figueira da Foz. O vice-presidente da IP informou que o projeto de concurso está pronto para ser lançado e aguarda autorização dos ministérios das Infraestruturas e das Finanças para contratar os estudos prévios e os projetos de execução.

Para Carlos Fernandes com a estratégia em curso para a ferrovia “o país vai encolher” com vantagens em termos de instalação de pessoas e atividades em cidades servidas pela ferrovia. Com a linha Porto-Vigo e todas as alterações em curso, Coimbra vai estar no centro uma mega-região servida por comboio, lembrou.

O responsável da IP adiantou também que no final de 2028 conta ter terminada a construção da nova Estação de Coimbra.

Fotografia: Câmara de Coimbra. Slides da IP

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