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DG/AAC propõe cinco medidas de apoio ao alojamento estudantil

O reaproveitamento do património imóvel inativo, devoluto ou abandonado do Estado, bem como o aumento do investimento orçamental na construção, reabilitação e manutenção do alojamento estudantil, são algumas das medidas que a AAC recomenda ao Parlamento.

Na sequência de um projeto de resolução apresentado pelo Livre, a Comissão Parlamentar de Educação e Ciência convidou a Associação Académica de Coimbra (AAC) a pronunciar-se sobre medidas de apoio ao alojamento estudantil.

O projeto de resolução que está a ser apreciado pela Comissão Parlamentar de Educação e Ciência “recomenda ao Governo a tomada de medidas urgentes de apoio ao alojamento de estudantes do ensino superior deslocados e de criação de residências universitárias em património subutilizado do Estado”.

De forma a conhecer o contributo da AAC para a preocupante conjetura atual do alojamento estudantil, a RUC falou com o coordenador-geral da Área Política da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), Alexandre Alho.
O aluno de Gestão começou por contar como surgiu o contacto da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, perante um problema que se tem vindo a agudizar e afeta muitos estudantes deslocados.

De acordo com coordenador-geral da Área Política, o contributo da AAC foi desenvolvido em dezembro passado e envolveu um trabalho de equipa em que colaboraram diversos elementos da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra.
A proposta da AAC inclui cinco medidas, das quais Alexandre Alho releva as duas que considera mais importantes: o reaproveitamento do património imóvel inativo, devoluto ou abandonado do Estado, e o aumento do investimento orçamental na construção, reabilitação e manutenção do alojamento estudantil.

Segundo o dirigente da AAC, outra das medidas propostas é a criação de protocolos conjuntos entre a Associação Académica, a Universidade de Coimbra e a Câmara Municipal, em colaboração com pensões, para  possibilitar a criação de mais camas.

A DG/AAC também sugere à Comissão Parlamentar de Educação e Ciência a criação de uma Comissão Nacional de Acompanhamento do Alojamento Estudantil, que promova a consciencialização da esfera pública face às necessidades constantes das residências universitárias, do alojamento local e das pensões.
De acordo com Alexandre Alho, os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC) ajudaram a DG/AAC a perceber a situação atual do alojamento estudantil na cidade de Coimbra.

A implementação de benefícios fiscais que promovam um crescimento da oferta imobiliária é outra das recomendações da DG/AAC. O documento com as várias propostas foi enviado no passado dia 9 de janeiro, aguardando-se agora que sejam apreciadas no Parlamento.

As rendas não param de subir e está cada vez mais difícil ser estudante em Coimbra. As residências universitárias são, desde logo, uma solução óbvia para estudantes. No entanto, apesar dos preços baixos, faltam camas e muitos estudantes queixam-se das condições. Num universo de aproximadamente 25000 estudantes da Universidade de Coimbra, cerca de 5000 necessitam de apoios sociais – destes, apenas 1352 estudantes dispõem efetivamente dos apoios na sua íntegra.

Fotografia: Universidade de Coimbra

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