Rio Ceira galga as margens e Parque Verde do Mondego fica inundado
O rio Ceira, afluente do Mondego, voltou a galgar as margens na zona do Cabouco e inundou terrenos e habitações durante a madrugada do dia 9 de janeiro. Carlos Luís Tavares explica que a chuva intensa e a saturação dos solos provocaram as inundações.
Coimbra foi um dos concelhos mais afetados com a intensa chuva que caiu durante o fim de semana. Quedas de árvore e de estruturas, inundações e aluimentos de terra são algumas das ocorrências que foram registadas devido ao mau tempo.
A Rádio Universidade de Coimbra (RUC) conversou com o Comandante Distrital de Operações de Socorro, Carlos Luís Tavares, que nos falou dos avisos que estavam emitidos. O entrevistado conta que as fortes chuvas dos últimos dias fizeram subir o leito dos rios na noite de domingo, a partir das 23 horas.
Carlos Luís Tavares indica que a subida das águas no Rio Ceira já era previsível, uma vez que já tinham detetado um aumento dos caudais em Góis, na Lousã e em Miranda do Corvo. O Comandante Distrital de Operações de Socorro afirma que o Serviço Municipal de Proteção Civil de Coimbra foi avisado da ocorrência e alertou a população.
O entrevistado salienta a capacidade de retenção da barragem da Aguieira, que ainda dispõe de capacidade de armazenamento e permite assim diminuir os riscos de inundações mais agressivas.
No que diz respeito ao momento atual, Carlos Luís Tavares afirma que os caudais estão a baixar, tendo-se ultrapassado o pico da madrugada do dia 9 de janeiro.
De acordo com o Comandante Distrital de Operações de Socorro vai continuar a haver precipitação nos dias que se seguem. Atualmente, os solos estão saturados, sendo natural que ocorram mais situações idênticas, ainda que, face à informação atual, não estejam previstas para os próximos dias, segundo o dirigente.
Fotografia: Miguel Almeida