Fábio Borges vence concurso televisivo

No passado dia 27 de dezembro decorreu a final do concurso “Temos Artista” , no programa “Praça da Alegria”, na RTP1. Fábio Borges, fadista, de 31 anos, natural de Almeirim, venceu o programa com 56% dos votos contra 44% do “Baquetas ao Rubro”. O vencedor, tem formação em canto lírico pelo Conservatório de Música de Coimbra, é o cantor principal da Casa de Fados ‘àCapella’ e é professor de canto na Escola de Fado de Coimbra. Durante a sua carreira como músico algo que destaca são duas apresentações que teve no maior evento de fado, da cidade dos estudantes, a Serenata Monumental da Queima das Fitas.

Para Fábio Borges a vitória é o finalizar de 10 anos de trabalho, que começou com a frequência da licenciatura em Administração Público-Privada na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, que acabou por não terminar. O premiado estudou canto no Conservatório de Música de Coimbra, onde se começou a afirmar como artista. Professor de canto, Fábio Borges está agora a terminar a licenciatura em Produção e Tecnologias da Música na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo no Porto.

Para o vencedor a Associação Académica de Coimbra (AAC) é um tesouro da cidade dos estudantes, pois a instituição oferece muito a quem quer crescer. Fábio Borges considera que a AAC quer gente diferente a fazer coisas diferentes, como foi o seu caso, porque foi graças à associação que conseguiu estudar música. A entrada no Coro Misto e na Rádio Universidade de Coimbra, determinou a mudança de rumo. O cantor lembra que a decisão de ingressar no curso de produção e tecnologias da música foi inspirada no tempo passado na rádio.

O vencedor aceitou o convite para participar no concurso da RTP1 de maneira a poder tratar a tradição de Coimbra, com calma, de forma a trazer dignidade e respeito ao que estava a fazer. Fábio Borges também falou da liberdade que o programa lhe deu nas escolhas que escolheu interpretar, um “grande fator para aceitar participar”.

Em relação ao futuro próximo, Fábio quer ser cantor, porque é algo que ama fazer e espera “poder fazer até ao final dos seus dias”. O entrevistado quer produzir os seus próprios espetáculos de maneira a manter-se como artista independente, claro que não os fará sozinho, mas quer dirigi-los, ser a cara dos espetáculos, de maneira a estes refletirem o seu trabalho.

O fadista espera lançar o seu primeiro álbum de fado clássico com guitarra portuguesa e viola.