João Caseiro vê a recandidatura de Amílcar Falcão como “natural”: “há muita coisa que o atual reitor ainda quererá fazer”
Amílcar Falcão não pretende dar declarações até à apresentação das candidaturas, por isso a RUC convidou João Caseiro a comentar a recandidatura do atual reitor. O presidente da DG/AAC vê-a como um pretexto para a concretização de objetivos que não puderam ser realizados devido à situação pandémica. A sustentabilidade e a procura por financiamentos públicos são as marcas do atual mandato, no entender do estudante.
O atual reitor da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão, revelou, em entrevista à Agência Lusa, no passado dia 16 de dezembro, a recandidatura ao cargo. A Rádio Universidade de Coimbra convidou Amílcar Falcão a falar sobre o assunto, mas o reitor disse que não pretende dar declarações até ao dia marcado para o início do período de apresentação das candidaturas, ou seja até ao dia 2 de janeiro do próximo ano. Por isso, João Caseiro, presidente da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra, foi chamado a comentar a recandidatura do atual reitor.
Aos olhos de João Caseiro, a recandidatura de Amílcar Falcão não é uma surpresa. O estudante da Faculdade Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUC) encara-a como um pretexto para a realização dos objetivos definidos inicialmente que não puderam ser realizados devido à situação pandémica que assolou o mundo.
O balanço que João Caseiro faz relativamente aos feitos do reitor no atual mandato é positivo. O presidente da DG/AAC salienta a evolução trazida para a ciência e enaltece o progresso feito no âmbito da ação social no que toca ao investimento nas residências universitárias. O estudante denota ainda que um dos marcos do mandato do reitor foi a abertura do novo campus da UC na Figueira da Foz, que aconteceu no dia 20 de dezembro.
As relações entre a Académica e a Universidade revelaram-se proveitosas em vários momentos, segundo João Caseiro. O apoio prestado pela UC assegurou uma maior estabilidade para a AAC durante a situação pandémica e também durante o falecimento do antigo presidente da DG/AAC, Cesário Silva. No entanto, João Caseiro não deixa de notar pontos a melhorar, nomeadamente em torno do reforço do financiamento prestado à AAC.
O presidente da DG/AAC considera que a imagem que a UC conseguiu consolidar como uma universidade sustentável e também a procura por financiamentos públicos são as marcas do atual mandato da reitoria. A propósito de candidaturas a investimentos públicos, o estudante recorda as declarações de Amílcar Falcão à Agência Lusa sobre o reconhecimento da UC, no programa Horizonte 2020, como a entidade autónoma que angariou uma maior quantia de dinheiro (cerca de 40 milhões de euros, de acordo com o reitor).
João Caseiro afirma que mantém um posicionamento neutro face a qualquer candidatura à reitoria. O corpo da Direção-Geral está disposto a dialogar com qualquer candidato a reitor que possa surgir, refere. Segundo o dirigente, as portas da DG/AAC encontram-se sempre abertas para que possa haver um diálogo entre a UC e a AAC.
As eleições para a reitoria da UC têm data marcada para fevereiro do próximo ano.
Fotografia: Jornal Campeão das Províncias