Biblioteca Geral da UC promove tertúlias para celebrar Abril

O diretor da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC), João Gouveia Monteiro, e a equipa da instituição entenderam que a melhor maneira de fazer homenagem à revolução de 1974, será realizar um ciclo de sete palestras, uma por mês, sempre no início do mês, à quinta feira, às 18 horas, na Sala de São Pedro.

À RUC, João Gouveia Monteiro afirmou que a decisão sobre a iniciativa veio do facto de os 50 anos do 25 de Abril terem de ser uma festa, mas também uma reflexão sobre o que “mudou desde 1974 e o que falta mudar”. A equipa da BGUC tentou identificar quais os temas necessários ao debate.

Na primeira sessão, a 5 de janeiro, a demografia e ordenamento de território vão estar em análise. Segundo o diretor da BGUC “para entender as tendências estruturais na sociedade, como a desertificação no interior e a imigração”.

No dia 9 de março vai realizar-se um debate sobre “ser jovem em Portugal”, sessão dedicada aos problemas dos jovens, principalmente o acesso ao primeiro emprego e o acesso à habitação, dois  assuntos com que a juventude portuguesa se depara hoje em dia. Para debater marcam presença a arquiteta Helena Roseta que trabalha questões da habitação e Paulo Marques, coordenador do Observatório do Emprego Jovem, que estuda matérias com ligação à precariedade laboral e acesso ao primeiro emprego. João Gouveia Monteiro apontou razões para a escolha da temática.

O ciclo termina em julho com “Utopias. A Liberdade. O Tempo” com André Barata e Manuela Cruzeiro, dois filósofos, ambos professores universitários. O primeiro na Universidade da Beira Interior, a segunda na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC).

João Gouveia Monteiro realçou a importância do trabalho de Manuela Cruzeiro para o conhecimento dos protagonistas da revolução de 1974 e no erguer da obra do “Centro de Documentação 25 de Abril”.

O responsável lembrou que a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra contou em 2022 com muita atividade, fechando o ano com 63 iniciativas. A BGUC tem como prioridade na sua programação, a promoção do livro e da leitura entre jovens, na promoção do diálogo intercultural e inter-religioso, em especial na Universidade de Coimbra que tem tantos jovens de culturas e religiões diferentes e por fim na área da sensibilização ambiental. No próximo ano os objetivos permanecem.

Durante 2023 a BGUC vai continuar a mostrar ao público algumas das preciosidades.  Do ciclo de palestras “Portugal 50 Anos (1973-2023): O que mudou? O que falta fazer?” vão ainda fazer parte outros temas.

Fevereiro inicia com a discussão“Cidadania e direitos individuais”, com Boaventura de Sousa Santos e Cristina Roldão. “Literacia, Cultura e Artes” a 13 de Abril, com Abílio Hernandez Cardoso e Maria Vlachou. Maio acolhe “Jornalismo, fake news e redes sociais”, com Joaquim Furtado e Clara Almeida Santos. “Saúde mental e envelhecimento” chega em junho, com António Leuschner e Margarida Pedroso de Lima.

As tertúlias vão ter entrada livre, mas sujeita a confirmação antecipada para  formulário online, devido à lotação da Sala de São Pedro.