[object Object]
14.12.2022POR Isabel Simões

Prémio de Fotografia Varela Pècurto abre candidaturas de 15 de dezembro a 25 de janeiro

Aos 97 anos Varela Pècurto deseja que a 1ª edição do prémio com o seu nome “traga à luz novos talentos” na arte da fotografia. Com o mote “Coimbra em Perspetiva” a presentação do prémio bienal decorreu esta terça-feira no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

O concurso pretende “promover o património natural, arquitetónico e cultural de Coimbra e dar a conhecer o trabalho amador na área da fotografia”, esclarece a Câmara Municipal de Coimbra em comunicado. Podem participar todos os profissionais e amadores de fotografia, com idade superior a 18 anos, portugueses e estrangeiros residentes em Portugal.

A primeira edição do Prémio Varela Pècurto foi apresentada na presença do presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, da vereadora da Educação, Ana Cortez Vaz, do vereador das Bibliotecas, Francisco Queirós, e ainda do homenageado.

Ao ler o discurso de agradecimento pela homenagem, uma lágrima desceu pelo rosto d’ o “Alentejano mais conimbricense do mundo”, como lhe chamou o vereador responsável pelas Bibliotecas da Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Queirós.

As fotografias tiradas por Varela Pècurto já fazem parte do espólio municipal a quem o fotógrafo doou parte da sua coleção. Coimbra foi a cidade escolhida para viver e trabalhar. Daqui partiu para outras geografias regressando sempre à cidade onde foi “feliz” na sua arte.

A família bem que tentou dar outro destino ao jovem Eduardo nascido em Ervedal do Alentejo, concelho de Avis, a 27 de abril de 1925. O destino estava traçado desde o liceu em Évora onde se iniciou na arte da fotografia.

Varela Pècurto chegou a Coimbra em 1950. Dirigiu a secção fotográfica da Livraria Atlântida e depois a Hilda como sócio-gerente, uma casa situada à Portagem. O fotógrafo participou em dezenas de concursos nacionais e internacionais. Foi ainda fotorrepórter e operador correspondente da Rádio Televisão Portuguesa (RTP) na região centro.

Em 2005, recebeu a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Coimbra. Ontem, coube a Francisco Queirós o discurso de agradecimento.

O fotógrafo tem na vereadora da ação social, Ana Cortez Vaz uma amiga e admiradora. De todo o espólio a fotografia que ilustra a queda de um raio na torre da Universidade de Coimbra é a mais apreciada pela vereadora da coligação que governa a Câmara de Coimbra. Ontem finalizou a cerimónia com a leitura do poema de Manuel Alegre, “Tempo que não passa”.

“Os prémios a atribuir em cada edição do Prémio de Fotografia Varela Pècurto preveem um valor pecuniário de três mil euros ao autor da fotografia vencedora do primeiro prémio. Ao segundo prémio será atribuído um valor pecuniário de dois mil euros, ao terceiro prémio mil euros e ao autor da fotografia distinguida com a menção honrosa será atribuído um certificado de participação”. lê-se no regulamento.

Fotografia: CMC

PARTILHAR: