Luís Silva: “Fizemos um processo de auscultação junto de colegas que estão a terminar o 3.º ciclo e colegas que entraram agora, nacionais e internacionais”
Prioridades do candidato passam por otimizar e centralizar a informação que é disponibilizada pelos serviços da Universidade de Coimbra e por criar um programa de acolhimento dos doutorandos por pares. Cabeça de lista garante que o Núcleo de Estudantes de Doutoramento foi ouvido ao longo do mandato do atual reitor.
No âmbito da eleição dos representantes dos estudantes para o Conselho Geral da Universidade de Coimbra (CGUC), a RUC entrevistou Luís Silva, o único candidato pelo 3.º ciclo de estudos, que encabeça a Lista D – “Em defesa dos doutorandos”.
“É necessário que a Universidade de Coimbra procure junto de todos os seus serviços otimizar e centralizar a informação que é disponibilizada”
Luís Silva integra o Núcleo de Estudantes de Doutoramento (NEDUC), uma estrutura informal que promove discussões sobre assuntos que dizem respeito à comunidade do 3.º ciclo e que apoia a candidatura da Lista D, segundo o candidato. Uma das preocupações que se levanta no NEDUC é a dificuldade sentida tanto pelos candidatos a estudantes, como pelos alunos que já frequentam a instituição há mais tempo, ao consultar informações sobre os serviços académicos ou de ação social no site da instituição, porque estão “dispersas”, nas palavras do cabeça de lista. Outro “obstáculo”, para o candidato, é o facto de os estudantes internacionais nem sempre conseguirem aceder à tradução das informações para inglês. Neste sentido, o doutorando adianta que duas das intenções mais imediatas do projeto que encabeça são propor “pequenos acertos que devem ser feitos no sentido de mitigar estes constrangimentos e barreiras que alguns colegas encontram” e criar o PeerhD, um programa de acolhimento e integração de doutorandos por pares. Além disso, o candidato garante que a Lista D está empenhada em divulgar os instrumentos de ação social da UC.
“O Núcleo de Estudantes de Doutoramento e os seus representantes foram ouvidos [pelo atual reitor]”
Uma das primeiras tarefas dos próximos estudantes conselheiros gerais é a eleição do reitor, que acontece em fevereiro de 2023. Questionado sobre a posição da lista D em relação a Amílcar Falcão, atual reitor da UC, Luís Silva afirma que, ao longo do mandato, no que respeita as políticas de 3.º ciclo, o NEDUC sentiu-se ouvido. A título de exemplo, o candidato conta que, durante a pandemia, a pedido do NEDUC, a reitoria adiou os prazos de entrega das teses dos doutorandos que se viram impedidos de aceder a laboratórios e desenvolver o seu trabalho de investigação. Considerando a hipótese de Amílcar Falcão se recandidatar a reitor, o voto da Lista D vai depender de uma auscultação a todos os candidatos, segundo o doutorando em Governação, Conhecimento e Inovação na Faculdade de Economia (FEUC).
“Antes de entrar em discussão [sobre a retirada das entidades externas do CGUC] deve ser feita uma avaliação”
É consensual entre todos os candidatos a representantes dos estudantes que os assentos reservados aos alunos no CGUC são insuficientes. No entanto, ao contrário de alguns dos cabeças de listas de 1.º e 2.º ciclo, Luís Silva não defende o fim da participação das entidades externas. O doutorando acredita que as personalidades externas são necessárias ao bom funcionamento do CGUC, mas não deixa de reparar que quando era conselheiro geral do 1.º e 2.º ciclo “havia recorrentemente faltas de alguns dos elementos externos”. Para o candidato, é necessário estudar qual tem sido a intervenção de cada dos corpos que compõem o órgão para tomar decisões sobre a sua composição.
A entrevista pode ser ouvida na íntegra através do podcast acima.