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Hugo Faustino: “Apresentamo-nos como uma alternativa. Aquilo que temos visto é uma submissão aos interesses da elitização do Ensino Superior.”

A Lista A estabelece como prioridade a luta por uma maior representatividade nos órgãos de gestão da Universidade de Coimbra. Hugo Faustino lembra ainda a defesa do fim da propina

Na passada quinta-feira, dia 8, a Rádio Universidade de Coimbra recebeu Hugo Faustino, candidato pela Lista A – “Avança pelos teus direitos”, a representante dos estudantes de 1º e 2º ciclo no Conselho Geral da Universidade de Coimbra.

“Muitas vezes o ensino é visto como um mero negócio e os estudantes como um mero cliente”

Introduzindo a sua candidatura, Hugo Faustino explica que decidiu candidatar-se ao órgão por não se rever no trabalho dos colegas que por lá passaram ao longo dos últimos mandatos, assim como com as propostas apresentadas pelos colegas das restantes listas candidatas. Segundo afirma, os estudantes que têm passado pelo Conselho Geral “alinha em jogos de interesse com o reitor”, deixando-se à mercê daquilo que aponta com “interesses da elitização do Ensino Superior.

O estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), aponta aos colegas “falta de transparência” ao não prestarem contas àqueles que representam – quer seja em sede de Assembleia Magna, quer seja à porta das unidades orgânicas. Entre as principais bandeiras da lista está também a luta pela revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJEIS) e a pela maior representatividade nos órgãos de gestão da Universidade (nomeadamente no próprio Conselho Geral).

“Os estudantes estrangeiros são vistos como um mero gerador de lucro”

A defesa do fim da propina (e não da ‘Propina 0’, que, segundo afirma, implica a existência de uma propina que ainda possa voltar a subir) é outro dos grandes cavalos de batalha da Lista A. Apesar de a defesa ser transversal aos diferentes modelos que a taxa assume, Hugo Faustino reconhece que o valor é especialmente incomportável quando falamos de estudantes do 2º ciclo de estudos e, principalmente, de estudantes internacionais, pelo que a sua postura seria sempre de luta pela redução de ambos os valores.

O candidato da Lista A considera que a visão que as instituições de ensino superior e o Estado central têm dos estudantes é cada vez mais mercantilista, criticando a “falta de financiamento crónico” para o setor. Nesse sentido, o estudante de Arqueologia aponta a situação de exploração para fins turísticos da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) que afirma instrumentalizar os próprios estudantes.

“Vamos estar em minoria clara, mas não nos podemos render”

Para terminar, Hugo Faustino lembra ainda os desafios que a crescente inflação vem ditar, destacando mais uma vez a necessidade da extinção da propina, bem como do reforço da ação social do ensino superior – situação essa que já tinha referido aquando da crítica aos colegas que têm assento no Conselho Geral, convidando todos a ler as atas referentes às reuniões das quais os mesmos participaram.

A entrevista na íntegra pode ser ouvida clicando no link acima ou através do nosso Spotify.

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