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Candidatos ao CGUC divergem sobre participação de entidades externas no órgão e medidas necessárias nos serviços de ação social

Todos os candidatos a representantes dos estudantes no CGUC reconhecem que os SASUC carecem de melhorias, no entanto apresentam propostas diferentes para a alimentação e para o alojamento. Se, por um lado, é consensual que os estudantes devem ter mais representação no CGUC, por outro lado, nem todos partilham a mesma opinião quanto à participação de elementos externos no órgão.

Os candidatos a representantes dos estudantes do 1.º e 2.º ciclo de estudos no Conselho Geral da Universidade de Coimbra (CGUC) reuniram-se no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) no dia 8 de dezembro para um debate moderado pela RUC, pelo Jornal Universitário ‘A Cabra’ e pela Televisão da Associação Académica de Coimbra (tvAAC).

Ação Social: alimentação

Foi sobre os Serviços de Ação Social (SASUC) que os candidatos começaram por debater. Carlos Magalhães, cabeça da lista R – “Representar os estudantes”, e Catarina Melo, primeira efetiva da lista C – “Capacitar a UC, Construir o amanhã”, concordaram que os horários de funcionamento das cantinas dos SASUC devem ser alargados. Catarina Melo ainda acrescentou a necessidade de os SASUC servirem refeições aos fins-de-semana e de ser feito um investimento em mais recursos humanos para as cantinas, para agilizar as filas de espera. José Gama, candidato da lista F – “Um futuro para a UC”, partilhou da opinião de Catarina Melo quanto à abertura das cantinas aos fins-semana. Por outro lado, o candidato defendeu o levantamento de todos os espaços devolutos da UC para permitir a construção de mais cantinas. O candidato reconheceu, no entanto, que a concretização desta medida pode levar algum tempo e apontou para uma que pode ser feita “a curto prazo”: a adoção de horários de almoço diferentes em cada faculdade, para evitar longas filas de espera. Já Hugo Faustino, candidato pela lista A – “Avança pelos teus direitos”, voltou-se para a luta pela reabertura das cantinas fechadas e pelo regresso do pagamento em numerário em todas as que estão em funcionamento, de forma a permitir que sejam utilizadas por estudantes que não sejam da UC.

Ação Social: alojamento

No que diz respeito ao alojamento estudantil, José Gama e Catarina Melo admitiram que a construção de duas novas residências que foi anunciada recentemente pela UC “é de louvar”, mas não deixaram de afirmar que é insuficiente para dar resposta às necessidades da comunidade estudantil. No entender dos dois candidatos, é preciso apostar na manutenção das residências já existentes, que estão, muitas delas, nas palavras de Catarina Melo, “em situações precárias”. Hugo Faustino, por sua vez, quer reclamar para as residências o mesmo sistema de alimentação dos SASUC de que usufruem as repúblicas. Já o cabeça de lista da Lista R pretende criar uma plataforma de divulgação de ofertas de “alojamento digno” para estudantes.

Ação Social: bolsas

Dentro do tema da ação social, falou-se, por fim, de bolsas. É consensual que o processo de atribuição de bolsas é demoroso. O candidato da lista A chegou mesmo a considerá-lo “invasivo”, porque “invade muito da vida pessoal dos estudantes”, segundo diz. Todos os candidatos manifestaram ser a favor da criação de mais bolsas, em especial de investigação.

CGUC: participação dos estudantes e das entidades externas

A opinião de que os estudantes não têm assentos suficientes no CGUC é partilhada por todos os candidatos a representantes do 1.º e 2.º ciclo de estudos. A divergência prende-se apenas com a participação das entidades externas. Se para Carlos Magalhães e Catarina Melo o número de elementos externos deve ser reduzido para dar lugar a mais estudantes, já na perspetiva de Hugo Faustino os membros externos não deviam estar no órgão. José Gama, por sua vez, defende que, uma vez que existem entidades externas, a intervenção delas deve ser estudada.

Também houve tempo para falar sobre a extinção de mestrados integrados, que mereceu críticas de todos os candidatos, bem como sobre a propina. A respeito deste último tópico, todos os candidatos deixaram claro serem a favor da propina 0, à exceção de Hugo Faustino, que afirmou que a Lista D se pauta pela defesa do fim da propina, porque considera que a propina 0 admite a possibilidade de o valor tornar a subir.

Fotografia: Jornal Universitário ‘A Cabra’

 

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