Câmara de Coimbra aprova subida da tarifa da água. Oposição vota contra
A proposta de aumento das tarifas veio da parte da Empresa Municipal Águas de Coimbra. O acréscimo na fatura da água ronda os 2,7 por cento. A tarifa social mantém-se inalterada. Os vereadores da CDU e do PS votaram contra a subida.
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva justificou o aumento da tarifa da água com a necessidade de rentabilizar a Empresa Municipal Águas de Coimbra. No final da reunião de segunda-feira, dia 12 de dezembro, à comunicação social, o autarca reafirmou o que tinha dito na sessão, que os novos valores a pagar são pouco significativos e contestou o voto contra da oposição.
A tarifa social mantém-se o que levou José Manuel Silva a alegar que a maioria que governa a Câmara de Coimbra tem em conta as dificuldades das famílias mais desfavorecidas do concelho.
Uma das alegações para o crescimento, por parte da empresa municipal, tem a ver com a previsão de que se mantivesse os preços do atual tarifário em vigor, sem qualquer atualização, a empresa municipal teria um resultado negativo no valor de – 167.159 euros. Valor que a vereadora eleita pelo Partido Socialista (PS), Regina Bento, considerou perfeitamente acomodável num orçamento total global superior a 30 milhões de euros, para um conselho de administração “experiente”.
Em comunicado os socialistas lembram que o executivo da coligação “Juntos Somos Coimbra” em 2022 já “aprovou um aumento na parte das tarifas variáveis do saneamento”. Na sessão, Regina Bento considerou a proposta “de uma insensibilidade atroz” e justificou.
O vereador da CDU, Francisco Queirós também votou contra a subida, por a água ser “um bem essencial à vida”. O vereador lembrou que, em executivos anteriores, o valor da água em alta, aplicado pela empresa Águas do Centro Litoral (do grupo – Grupo Águas de Portugal) já tinha aumentado e que a Câmara de Coimbra não aplicou a subida nos preços da água paga pelo consumidor.
No período antes da ordem do dia, José Manuel Silva, aproveitou para fazer “um forte apelo ao INEM e ao Ministério da Saúde” para renovar o parque de ambulâncias. De acordo com o presidente da Câmara de Coimbra a ambulância dos Bombeiros Sapadores que serve o INEM está muits vezes em reparação o que leva a mobilizar a ambulância de reserva. Segundo o autarca os Bombeiros Sapadores de Coimbra fazem em média 200 serviços para o INEM por mês.
O autarca referiu também o apelo dos Bombeiros de Brasfemes, “que podem e devem passar a Posto de Emergência Médica”, disse. Adiantou ainda que os Bombeiros Voluntários de Coimbra “merecem uma análise por parte do INEM e do Ministério da Saúde, nas questões de emergência, mas também no transporte de doentes do SNS, em que a corporação tem um avultado prejuízo”.
Mobilidade e condicionamentos de trânsito automóvel
Já a vereadora com o pelouro dos transportes, Ana Bastos, em resposta a uma questão colocada pelo vereador do PS, José Dias sobre mobilidade, informou estar a Câmara a estudar a possibilidade de “levar as ciclovias para dentro da cidade. No entanto, advertiu que a sua criação “só pode ser feito à custa do estacionamento”. Ana Bastos não escondeu que a medida será impopular e mencionou que até abrirem e serem aprovadas as candidaturas a fundos do PT 2030, “não haverá dinheiro para isso”.
A vereadora que também é responsável pelas pastas do urbanismo e mobilidade avisou que estão reunidas as condições para o “arranque dos trabalhos no complexo dos HUC, no âmbito do desenvolvimento dos trabalhos de construção do troço urbano do Metrobus Aeminium – Hospital Pediátrico”. De acordo com a vereadora “os maiores condicionamentos estão a ser programados para entrarem em operação já a partir da semana de 19 de dezembro” e os trabalhos devem manter-se até maio de 2023.
A próxima reunião de Câmara vai ter lugar na próxima segunda-feira, dia 19 de dezembro. À semelhança do Governo da República, a Câmara de Coimbra vai dar tolerância de ponto aos seus funcionários a 23 e a 30 de dezembro.
Fotografia: site das Águas de Coimbra