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Luís Silva é o candidato da Lista D ao Conselho Geral da UC

Luís Silva condena a falta de representatividade dos estudantes, nomeadamente de 3º ciclo, no Conselho Geral da Universidade de Coimbra e propõe uma série de projetos para unir os doutorandos da UC entre eles e às restantes universidades do país.

“Defesa Dos Doutorandos” é o mote da única Lista candidata ao Conselho Geral da Universidade de Coimbra (CGUC) em representação do 3º ciclo. O candidato da Lista D, Luís Silva, esteve presente na Rádio Universidade de Coimbra para nos falar do seu projeto.

O entrevistado explica que o seu histórico de intervenção cívica e associativa ao longo dos anos foi o que o motivou a candidatar-se. Luís Silva foi presidente do Núcleo de Estudantes de Administração Pública-Privada da Associação Académica de Coimbra (NEAPP/AAC), foi conselheiro geral do 1º e 2º ciclo na Universidade de Coimbra (UC) e fez parte da Assembleia da Faculdade de Direito (FDUC). Atualmente integra o Núcleo de Estudantes de Doutoramento (NEDUC), uma estrutura informal que promove discussões sobre política universitária de 3º ciclo.
O candidato afirma ter o apoio dos seus colegas de doutoramento na candidatura ao CGUC, onde estima que há pouca representação dos doutorandos. Luís Silva refere que procurou auscultar as necessidades e problemas dos seus pares, de forma a assumir-se como porta-voz, principalmente na fase atual de candidaturas à reitoria da UC.

Um dos pilares do projeto da Lista D relaciona-se com a inclusão, o bem-estar e a sustentabilidade da Universidade, de acordo com o estudante. Neste sentido, Luís Silva revela que o seu projeto inclui a proposta de criação de um programa chamado de “PeerhD”, com o intuito de facilitar o processo de integração e acolhimento dos novos estudantes de doutoramento na UC, em especial estudantes internacionais, lusófonos e não lusófonos. O candidato reconhece que os estudantes de doutoramento devem ser “acompanhados e integrados na cidade”, desde o momento da intenção de candidatura. Para Luís Silva a componente académica deve ser complementada com uma componente de interação, integração e de espírito de comunidade.

O entrevistado acredita que apenas um estudante a representar a comunidade de cerca de 3500 doutorandos não é suficiente. Não obstante, o estudante relembra que existem universidades portuguesas onde os estudantes de 3° ciclo não têm lugar nos órgãos regentes. Luís Silva defende a criação de uma Rede Nacional de Estudantes Conselheiros Gerais de 3º ciclo pela defesa da representação dos alunos de doutoramento nos órgãos de governos da universidade que frequentam.

Luís Silva realça que dos 35 membros do CGUC apenas cinco são estudantes (quatro do 1° e 2° ciclo de estudos e um do 3°). O candidato afirma que a falta de assentos de estudantes no CGUC é resultado do “estrangulamento à participação estudantil nos órgãos de governo” imposto pelo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RIJES).

Luís Silva indica ainda querer organizar um conselho informal que reúna todos os representantes dos estudantes de doutoramento, tanto os que participam dos diferentes órgãos das faculdades como aqueles que integram órgãos da UC, com o objetivo de mitigar a falta de representatividade e dar mais voz aos estudantes de 3º ciclo.

O doutorando evidencia as especificidades e problemas próprios aos estudantes de 3º ciclo e aponta que devem ser tomados em conta e resolvidos junto das diferentes instâncias da UC. O estudante de doutoramento ambiciona realizar, durante os dois anos de mandato, mesas de discussão sobre a universidade que se tem e a universidade que se quer.
As eleições para os representantes dos estudantes no CGUC vão decorrer no próximo dia 13 de dezembro.

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