Jorge Alves Correia: “Poderia pensar-se em diminuir as personalidades externas e aumentar a representatividade dos estudantes [no Conselho Geral]”

A eleição dos representantes dos estudantes para o Conselho Geral da Universidade de Coimbra, um dos três órgãos máximos da governação universitária, acontece no dia 13 de dezembro. Jorge Alves Correia, presidente da Comissão Eleitoral, esteve à conversa com a Rádio Universidade de Coimbra.

O presidente da Comissão Eleitoral assinala a importância do CG/UC, recordando as suas funções: eleger o reitor, apreciar os atos da equipa reitoral e aprovar o orçamento da Universidade são algumas das responsabilidades do órgão. Jorge Alves Correia destaca que a representação dos estudantes nestas tomadas de decisão é assegurada por cinco elementos (quatro deles são do 1º e 2º ciclo de estudos e um do 3º).

Para além dos cinco representantes dos estudantes, 18 dos envolvidos no Conselho Geral asseguram a representação dos professores e investigadores, dois representam os trabalhadores não docentes e não investigadores e dez são personalidades de reconhecido mérito externas à UC. O presidente da Comissão Eleitoral considera que o número de representantes dos estudantes é “equilibrado” e tem conseguido representar positivamente os académicos. Contudo, não deixa de notar que uma possível reformulação do órgão poderia consistir na diminuição do número de personalidades externas à UC para dar lugar a mais estudantes.

Jorge Alves Correia aponta para uma novidade nestas eleições para o CG/UC: a Comissão Eleitoral deliberou por unanimidade retirar dos cadernos eleitorais a referência ao ano em que os estudantes se matricularam, de forma a garantir a proteção dos dados pessoais dos eleitores e evitar o acesso ilegítimo de terceiros.

De acordo com o entrevistado, para estas eleições foram admitidas quatro listas representantes do 1º e 2º ciclo de estudos: a Lista A, a Lista C, a Lista F e a Lista R. A Lista D foi a única admitida enquanto representante do 3º ciclo.

Jorge Alves Correia revela ainda que a ordem de apresentação das listas nos boletins de voto vai ser feita por sorteio, um método que considera ser “mais democrático” do que a ordem alfabética. Por fim, o presidente da Comissão Eleitoral da Universidade de Coimbra apela ao voto e à participação dos estudantes na eleição dos seus representantes para o órgão máximo deliberativo da Universidade.