AAC/OAF passa primeiro teste “decisivo” do processo de insolvência
Credores viabilizam manutenção da atividade do clube de Coimbra. Presidente garante que plano de recuperação vai ser apresentado dentro dos próximos dois meses e não esquece projeto de SAD.
A primeira assembleia de credores da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) da Associação Académica de Coimbra / Organismo Autónomo de Futebol (OAF) aprovou esta quarta-feira a manutenção da atividade do clube. À exceção da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Coimbra, que se absteve, todos os presentes votaram favoravelmente e definiram a dívida do clube nos 12,9 milhões de euros.
Em entrevista à RUC, o presidente Miguel Ribeiro lembra que o pedido de insolvência era uma obrigação legal e aponta que, caso este passo não fosse dado, isso significaria a queda do clube para os campeonatos distritais. Assim sendo, o dirigente destaca a importância da decisão tomada pelos credores no Juízo de Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra, secção de Montemor-o-Velho.
Na sequência da assembleia, o presidente da AAC/OAF recorda que o administrador de insolvência nomeado, João Carlos Cunha da Cruz, da Marinha Grande, tem agora 60 dias para a apresentação aos credores de um plano de recuperação. Ainda sem detalhes, Miguel Ribeiro afirma ter desde o princípio uma noção de como o processo se deve desenrolar.
O responsável faz ‘mea culpa’ em relação ao não cumprimento das datas apontadas para a concretização da sua proposta de SAD, uma vez que indica não se poder comprometer com um projeto enquanto o clube vive esta situação. No entanto, Miguel Ribeiro garante que a questão não está esquecida e que vai ser divulgado oportunamente, após concluído o processo de insolvência.
Apesar dos constrangimentos, o responsável dá ainda nota de que os salários dos trabalhadores do OAF, bem como da equipa de futebol, têm sido devidamente pagos.
O presidente conclui a entrevista com uma análise ao mau momento desportivo que o clube atravessa e afirma que, no mercado de janeiro, a Académica deve procurar apostar na prata da casa, não entrando em grandes despesas que comprometam a sua saúde financeira.
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