[object Object]

Candidatos à MAM/AAC trocam argumentos em debate pouco polarizante

Gonçalo Pardal reconhece a intensidade e o poder da Assembleia Magna e quer garantir o livre debate e o cumprimento da ordem de trabalhos. João Maduro tenciona realizar mais Assembleias Magnas, com menos trabalhos, para não cortar a palavra aos estudantes.

Decorreu no dia 19 de novembro, o debate para a Mesa da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra (MAM/AAC), no Teatro Académico Gil Vicente. A discussão contou com um frente-a-frente entre João Miguel Maduro pela lista E- “Estudantes Primeiro” e Gonçalo Pardal da lista S- “Sentir Académica.”

Gonçalo Pardal acredita que as Assembleias Magnas se estendem devido à vontade dos estudantes em se exprimirem. João Maduro contra-argumenta que existem assuntos que requerem um tempo suplementar para serem discutidos e que é necessário de repartir os diferentes trabalhos por mais magnas, para não se limitar a liberdade de expressão dos estudantes. O candidato representante da lista S – “Sentir Académica”, defende que as quatros Assembleias Magnas mínimas por ano de mandato, previstas nos Estatutos da Associação Académica de Coimbra, devem ser vistas apenas como um guia e que as Magnas se devem realizar quando for pertinente e houver tópicos a serem debatidos.

No que diz respeito à descentralização das Assembleias Magnas, Gonçalo Pardal mostra-se a favor de acontecerem noutros polos, principalmente se na ordem de trabalhos constarem tópicos que possam ser do interesse de uma faculdade em específico. O candidato revela que, caso a sua lista venha a ganhar, quer estabelecer um protocolo com os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), de forma a que, no momento em que as Assembleias Magnas decorrem, os estudantes tenham acesso gratuito aos autocarros. Contudo, insiste que é necessário haver condições e disponibilidade noutros espaços para que a Assembleia Magna decorra fora do Polo I, “o centro dos estudantes”.

Perante a proposta de colaboração com os SMTUC apresentada pelo candidato da lista S- “Sentir Académica”, João Maduro relembra que os estudantes não habitam necessariamente no polo onde estudam. O candidato recorda que a Associação Académica de Coimbra tem um autocarro e que o podia colocar ao serviço dos estudantes nos dias em que se realizam Magnas. João Maduro aponta também que, o mais importante, é que o maior número de estudantes esteja presente nas Assembleias Magnas.

De acordo com Gonçalo Pardal, a parte logística é o primeiro entrave à realização das Assembleias Magnas. O candidato qualifica de “crucial” o espaço escolhido, uma vez que deve haver condições para acolher os estudantes e os órgãos de comunicação da casa que querem transmitir as Magnas. Gonçalo Pardal refere a necessidade de haver boas relações com a reitoria, que cede os espaços, mas igualmente com o TAGV, que pode vir a acolher uma Assembleia Magna.

O candidato pela lista E- “Estudantes Primeiro” admite que a logística é um problema para a Mesa da Assembleia Magna. O estudante de direito diz que é preciso que os estudantes tenham noção e lutem pelas condições às quais têm direito, mas que não lhes estão a ser garantidas. Para João Maduro, é fundamental procurar-se um espaço que esteja capaz de receber muitos estudantes.

João Maduro confessa reconhecer um afastamento por parte dos estudantes do órgão máximo deliberativo da AAC. O estudante crê numa maior conjugação de trabalhos com os núcleos de estudantes para que divulguem as Assembleias Magnas dentro das faculdades. O candidato pela lista E- “Estudantes Primeiro” menciona a partilha nas redes sociais, distribuições ou contacto direto com os estudantes como mecanismos a serem postos em prática pelos núcleos.

Gonçalo Pardal reconhece igualmente que a falta de adesão dos estudantes às Assembleias Magnas reside na falta de divulgação. O candidato pela lista S – “Sentir Académica” acredita que tem de haver uma maior articulação de “amizade e cooperação” com todos os organismos da casa, incluindo as secções culturais e desportivas, para que haja uma divulgação mais forte. Gonçalo Pardal quer que os estudantes sintam que as suas palavras têm peso na academia.

Em cima da mesa esteve também a questão do direito de voto dos associados seccionistas, numa fase em que os Estatutos da Associação Académica de Coimbra estão a ser revistos. Ambos os candidatos afirmam ser um assunto controverso a ser debatido. As eleições para a MAM/AAC e para a presidência da DG/AAC têm data marcada para o dia de 17 novembro.

 

Foto: Jornal Universitário ‘A Cabra’

PARTILHAR: