Biblioteca Joanina vai entrar em obras e limitar visitas no próximo ano
O reitor da Universidade de Coimbra anunciou que as obras na Biblioteca Joanina começam em 2023, o pretexto ideal para começar a limitar as visitas.
De acordo com o Diário de Coimbra, ontem, na sessão de abertura do colóquio “Bibliotecas Icónicas da História da Humanidade” que decorreu no Auditório da Reitoria, o reitor da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão, revelou que a Biblioteca Joanina vai entrar em obras no início de 2023. A intervenção vai começar pelo telhado de forma a serem evitadas infiltrações. Por essa razão as visitas na Biblioteca Joanina vão ser limitadas.
A RUC falou esta sexta-feira com o diretor da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC), João Gouveia Monteiro, que também tutela a Joanina. O responsável deu-nos uma perspetiva dos trabalhos que vão ser realizados.
A questão do turismo nas bibliotecas icónicas foi abordada no colóquio do ano passado promovido pela Biblioteca Geral. O diretor da BGUC confirma a necessidade e está confiante em conseguir disciplinar os acessos à Joanina mesmo depois de as obras terminarem.
Representantes de algumas das mais bonitas e famosas bibliotecas mundiais reuniram-se na Universidade de Coimbra (UC) durante os dois últimos dias para debater passado, presente e futuro dos espaços.
João Gouveia Monteiro lembrou à RUC a conferência do diretor adjunto da BGUC, António Eugénio Maia do Amaral que mencionou a importância de um novo edifício para a Biblioteca Geral. Enumerou também os pontos comuns a todas as conferências.
O colóquio “Bibliotecas Icónicas da História da Humanidade”, organizado pela Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC), encerrou esta manhã. De 27 a 28 de outubro marcaram presença no Auditório da Reitoria representantes da Biblioteca Universitária de Salamanca, do Trinity College de Dublin na Irlanda, da Biblioteca do Mosteiro de Saint-Gall na Suíça, do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, e da Biblioteca de Alexandria do Cairo, no Egito.
O diretor da Biblioteca Geral tem esperança que, a partir do colóquio, se forme uma rede de bibliotecas icónicas.
Com os desafios colocados a todas as bibliotecas de digitalização do seu espólio para se tornarem acessíveis a mais população, João Gouveia Monteiro gostaria de ver outras bibliotecas a juntarem-se à rede.
A conferência encerrou com Alberto Manguel a apresentar ua história da leitura e a contar “a linguagem dos livros”.
Fotografia: UC