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Governo quer que os portugueses “tratem o digital por tu”

O governo está a preparar medidas de qualificação e requalificação de pessoas tendo como objetivo aumentar a literacia digital dos portugueses de todas as idades e diferentes condições laborais, anunciou em Coimbra o secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campo Largo.

À margem da homenagem realizada em 7 de outubro a Maria Manuel Leitão Marques pela sua jubilação como professora catedrática da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), Mário Campo Largo falou ao JN e à RUC e revelou que o governo vai anunciar a 24 de outubro “duas ou três medidas que são particularmente importantes” no contexto da digitalização do país.

A 24 de outubro, em princípio vai ser anunciado o programa “emprego digital, emprego mais digital 2025” e ao mesmo tempo a plataforma “Academia Portugal Digital”. A aplicação permite a qualquer pessoa testar os seus conhecimentos na área do digital e, na base desse diagnóstico, receber um plano de formação que pode executar, crescendo assim nesta dimensão. Vai ainda ser atribuído um cheque digital para as pessoas que trabalham por conta própria, de forma a permitir também aos pequenos empresários terem essa formação.

Outubro vai ser o mês de “muitas ações concretas” que vão englobar várias parcerias e protocolos com instituições de natureza diversa. Através destes protocolos o governo vai transformar o mês de outubro, não só num mês teórico das competências digitais mas um mês de eventos tendo em vista a digitalização.

No dia 24 de outubro terá lugar o maior evento de todos presidido pela eurodeputada, Maria Manuel Leitão Marques, onde se vão juntar os programas todos, desde os programas que vêm das engenheiras por um dia, aos que têm a ver com a digitalização de várias áreas.

Durante a sessão, o governante mencionou que o governo está a estudar a possibilidade de lançar o programa “pensão na hora”. À comunicação social esclareceu de que trata a futura medida.

O mês de outubro é “o mês de congregar esforços de convocar todas as pessoas para colaborarem nesta ideia de que todos temos de tratar o digital por tu”, afirmou o governante. Mário Campo Largo lembrou haver uma franja da população, cerca de 15 por cento, que ainda que possa ter acesso às redes sociais não utiliza a internet de forma eficaz e regularmente. Quando estamos a falar para além dos 55 anos o valor eleva-se a 30 e tal por cento.

Ao convidar todas as pessoas para adquirirem competências digitais, o governo espera que os serviços sejam mais céleres em tratar da reforma dos portugueses.

Em curso está já o programa “EUSOUDIGITAL” que permite alguma forma de coesão social e de coesão digital pois permite que as pessoas que sabem das tecnologias da informação, possam ensinar àquelas que não sabem e têm vontade de saber.

O mês de outubro é também, a nível europeu o mês da cibersegurança, pelo que o governo vai terminá-lo com o anúncio de um conjunto de formações de alto nível para pessoas que queiram aprender cibersegurança. No PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) consta o objetivo de formação de 9800 pessoas nesta área.

O governante realçou o esforço que as autarquias locais têm feito para digitalizar os seus serviços. Ainda assim, parte da administração local ainda hoje envia uma série de faturas da água, da luz pelo correio e pode passar a mandá-las para o e-mail dos clientes.

O aumento de literacia digital, segundo o governante, “permite acima de tudo que as pessoas utilizem os sistemas digitais, os serviços digitais da administração pública local ou central que já estão disponíveis”.

A dupla convergência duma plataforma digital e de ações de formação são apenas duas das grandes iniciativas que vão ser apresentadas para fomentar a literacia digital. “Tudo para convergir nesta ideia de que Portugal para ser um país mais digital, para ser uma nação digital tem que ter bons serviços, boas infraestruturas e essas têm que ser utilizadas por todos”, concluiu Mário Campo Largo.

Fotografia: FEUC

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