“Quero comer, mas com esta fila eu não consigo” – DG/AAC sai à rua por mais ação social
Reivindicações dirigidas ao governo e à reitoria mobilizam largas dezenas de pessoas. Dado o panorama atual, João Caseiro teme aumento do abandono estudantil.
Encabeçada pela Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), que seguida com uma lona com a inscrição “Pouca Ação social, Crise na Saúde Mental”, um vasto conjunto de estudantes concentrou-se junto à Porta Férrea para seguir rumo ao edifício-sede na Padre António Vieira.
Conforme havia sido estabelecido no passado mês de abril em Assembleia Magna, a manifestação tinha como foco a reivindicação do reforço da ação social, revela à comunicação social o presidente da DG/AAC, João Caseiro.
O dirigente aponta também a exigência da redução da propina, que se quer abolida, num momento de estagnação da sua descida. João Caseiro refere ainda o atual sistema de taxas que também se mantém e as bolsas que não dão resposta ao aumento do custo de vida das famílias dos estudantes.
O alojamento tem sido uma das dificuldades sentidas pelos estudantes de todo o país, sendo que Coimbra não é exceção. Com os preços dos quartos a aumentar, o presidente da DG/AAC receia que a falta de apoios possa levar a mais abandono escolar durante o ano letivo.
Caseiro salienta o “número significativo” de estudantes mobilizados e considera que a atitude reivindicativa não pode parar, uma vez que tem sido constante o desinvestimento no Ensino Superior, apontando assim o dedo à reitoria e ao governo. No entanto, o presidente reafirma que “o trabalho não é só na rua” e que as boas relações com o reitor Amílcar Falcão já levaram a algumas melhorias nas residências universitárias e no restabelecimento do prato social nas cantinas rosa.
Minutos antes do arranque da manifestação, o dirigente aproveitou ainda para fazer um breve balanço da atual situação das cantinas dos serviços de ação social. Segundo afirma, a reposição do prato social numa das cantinas do Polo I só veio confirmar aquilo que a DG/AAC previa, verificando-se “um aumento massivo da procura “. Caso os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC) continuem a não conseguir dar resposta (uma monitorização que João Caseiro se compromete a fazer), a DG/AAC será obrigada a reivindicar o alargamento do prato social a outros espaços.
De acordo com as palavras do dirigente, esperam-se mais ações políticas ao longo da Festa das Latas, tanto nas bancas de venda de bebidas alojadas na tenda do evento, como no cortejo.