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Sempre no Ar! mergulha no éter do arquivo da RUC

A exposição tem lugar marcado no Convento de São Francisco e promete entusiasmar os ouvintes e membros da Rádio Universidade de Coimbra com as memórias tiradas do baú. Em paralelo a RUC programou escutas assistidas, oficinas de rádio, filmes e a performance de “Echos From a Liquid Memory de Carincur”.

Desde o Centro Experimental de Rádio passando pela legalização até aos dias de hoje, a mostra dá uma visão do trabalho desenvolvido em 107.9 e em ruc.pt. Inaugurou esta sexta-feira, dia 30 de setembro, Sempre no Ar!, a exposição do arquivo da Rádio Universidade de Coimbra (RUC). Vai estar patente até ao dia 15 de janeiro de 2023.

Em conversa com a RUC, Fausto da Silva, locutor e realizador do programa Santos da Casa e um dos organizadores do evento, salienta como o projeto pretende dar a conhecer um pouco da história dos 40 anos, oficialmente, 36 anos da Rádio Universidade de Coimbra.

É importante, afirma o organizador, que os membros antigos e novos da comunidade RuCiana e até os ouvintes dos 107.9FM, compareçam na exposição para reviver o tempo passado e os eventos anteriormente realizados por esta rádio. O locutor acrescenta que “a exposição pode atrair novos membros à família RUC”.

A sensação de mostrar ao mundo exterior os materiais que fazem parte do seio da RUC é de grande alegria. Fausto da Silva, sendo um dos primeiros membros da rádio, revela as portas que se abriram na sua memória ao realizar esta exposição e o conhecimento que obteve sobre a rádio.

Esta iniciativa é um sonho antigo que veio por parte de conversas “no corredor”, dos membros antigos e novos da rádio universitária e pretende mostrar cartazes, materiais técnicos, programas das diferentes áreas de formação, entre outros elementos que fazem parte dos primórdios da própria rádio.

Com uma parte didática, onde os visitantes podem ter um gostinho daquilo que se faz em rádio, o projeto, de entrada gratuita, está disponível a ser visitado de quarta a segunda, na Galeria Project Room do Convento São Francisco (CSF), entre as 15h00 e as 20h00.

Mais do que uma exposição a RUC preparou um conjunto de iniciativas culturais

“Espero que possamos fazer mais coisas”, afirmou Filipe Carvalho, responsável pela produção do CSF, na conferência de imprensa decorrida esta manhã no Café Concerto do Convento. Amigo da RUC desde os tempos do Teatro Académico de Gil Vicente, o responsável colecionou muitos dos bilhetes de concertos promovidos pela rádio. Filipe Carvalho manifestou apreço por todos aqueles que, de forma “graciosa”, têm mantido viva a emissão a partir de Coimbra para o mundo,  através do FM e da internet.

Já a presidente da Rádio Universidade de Coimbra, Lexi Narovatkin, realçou o “animismo” da RUC que a diferencia de outros órgãos de informação e de entretenimento. “Há muita coisa que não conseguimos demonstrar no país e no mundo”, disse.

Fausto da Silva, um dos responsáveis pela curadoria da exposição e da programação cultural paralela explicou que a mostra é apenas uma pequena parte do espólio que existe. Deixou o repto para que daqui a 14, 40, ou 50 anos se possa continuar a divulgar “o que a Rádio fez e continua a fazer”.

Programação paralela: 

Vão ter lugar três sessões de Escuta Assistida desde as 18 até às 20 horas no Convento São Francisco, em dias diferentes. Contam com transmissão em direto em antena. A primeira destas sessões acontece sábado, 22 de outubro, e vai ser conduzida por João Gaspar e Filipe Cravo.

As sessões regressam a 12 de novembro, com Catarina Ribeiro e Mariana Roque; e ainda a 26 de novembro, com Carlos Braz e Rui Oliveira.

A 23 de Novembro, quarta-feira às 19h30, é o dia em que a Sala Conventual do Convento São Francisco acolhe a performance “Echos From a Liquid Memory de Carincur”, a qual está inserida no ciclo Orphika da Universidade de Coimbra.

Um momento de Filme e Conversa dá-se a 29 de outubro, sábado, e visa a exibição do filme “Um Quarto no Éter”, seguida de uma conversa com a realizadora Rita Alcaire, Alexandre Lemos, então presidente da RUC aquando da criação do filme, Diogo Barbosa e Fausto da Silva.

Numa vertente pedagógica, as tardes dos sábados e domingos do mês de dezembro contam com pequenas oficinas de rádio dirigidas a crianças e famílias. “Para mostrar às pessoas que a rádio pode ser feita por toda a gente”, lembrou Lexi Narovatkin. A presidente da rádio revelou a sua própria experiência ao conhecer a RUC ainda criança através do programa “Rádio dos Miúdos Fantásticos” do locutor/realizador, Bruno Simões.

Na exposição não falta uma réplica do famoso sofá vermelho onde tantos corpos descansaram após noitadas radiofónicas. Também lá está o cartaz de um concerto especial ocorrido na antiga Igreja do Convento São Francisco, então em ruínas, marcado pela presença de um vampiro.

Com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) e do Ateneu de Coimbra a exposição contou com curadoria de uma vasta equipa de novos e antigos elementos da rádio local de Coimbra e do Convento São Francisco. Para saber mais da programação esteja atento às redes sociais da RUC e do Convento São Francisco.

Pode acompanhar a visita guiada à exposição, no dia da inauguração, no ‘podcast’ acima. A gravação da conferência de imprensa que se realizou no Convento São Francisco no dia 30 de setembro pode ser ouvida no próximo registo sonoro.

Fotografias: gentileza CMC

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