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Biblioteca Geral da UC anuncia ciclo de tertúlias sobre “o que mudou e o que falta fazer” em Portugal

Temas como demografia, cidadania e direitos individuais ou ser jovem em Portugal vão ser abordados em 2023. Em outubro próximo, o colóquio “Bibliotecas Icónicas da História da Humanidade” debate o futuro destas instituições.

A Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC) quer aproximar-se dos jovens que frequentam o Ensino Superior. Com esse fim, da programação cultural da BGUC, anunciada ontem, dia 27, na Sala de São Pedro, consta um ciclo de tertúlias que pretende contribuir para a celebração do 25 de Abril.

Um conjunto de colóquios sempre à quinta-feira, a iniciar em 5 de janeiro do próximo ano, vai procurar trazer a debate temas como “Demografia e Ordenamento do Território”, “Cidadania e Direitos Individuais”, “Ser Jovem em Portugal” ou “Jornalismo, Fake News e Redes Sociais”, entre outros. Serão sete as conferências, com realização de uma por mês.

Como critério de escolha a instituição procurou “temas mais arredados da discussão pública”, esclareceu o diretor da BGUC, João Gouveia Monteiro.

Em 27 e 28 de outubro a BGUC acolhe representantes das bibliotecas mundiais que deixaram uma “marca de água” na construção de civilizações e na estruturação do pensamento dos povos.

São elas a Biblioteca do Mosteiro Saint Gall na Suíça, uma biblioteca do tempo de Carlos Magno, o Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, a mais antiga instituição portuguesa no Brasil, a Biblioteca General da Universidade de Salamanca, criada em 1218, a Biblioteca do Trinity College de Dublin e a Biblioteca de Alexandria (re)inaugurada em 2002 e a celebrar 20 anos de uma nova vida, depois de ter sido um dos maiores centros de conhecimento da Antiguidade.

O colóquio “Bibliotecas Icónicas da História da Humanidade” encerra com o bibliotecário Alberto Manguel diretor e criador do futuro Centro de Estudos da História da Leitura de Lisboa. João Gouveia Monteiro, aponta razões para os convites.

Em colaboração com o Instituto Justiça e Paz e a Academia para o Encontro de Culturas e Religiões da Universidade de Coimbra realiza-se também um colóquio que vai ao encontro das grandes tradições gastronómicas de três das grandes religiões, Judaísmo, Hinduísmo e Cristianismo. Com o nome “Religião e Alimentação – a diversidade da gastronomia em grandes crenças religiosas”, está programado para decorrer de  7 a 10 de novembro. O encontro vai além do debate teórico e conta com uma parte prática.

No que toca às exposições, no dia 28 de novembro a BGUC inaugura uma mostra sobre os 250 anos da Reforma Pombalina em que vai haver lugar a uma demonstração no prelo HAAS_Galinha que está no átrio da biblioteca. Nesse dia também acontece um colóquio comemorativo dos dois séculos e meio da Imprensa da Universidade de Coimbra. Em 6 de outubro inaugura a mostra “Chapas Sínicas” sobre as Relações Externas com Macau na Sala de São Pedro. No Natal o átrio da BGUC acolhe uma exposição de presépios propostos pelos seus funcionários.

Dentro da contribuição para assinalar os 50 anos do 25 de Abril, a BGUC considera a hipótese de voltar a expor os cartazes e  palavras de ordem da Crise Académica de 1969. A este propósito, João Gouveia Monteiro revelou na conferência de imprensa a vontade expressa por um dos protagonistas, Alberto Martins, durante a cerimónia de atribuição do Prémio Literário Manuel Alegre, ocorrida há poucos dias.

Lembramos que a Biblioteca Geral tem patente na Sala do Catálogo até 14 de outubro a exposição de banda desenhada “ABC-zinho Cottinelli Telmo e os outros”. A exposição tem entrada livre. Já na Sala São Pedro está patente, até 30 de setembro, a exposição que assinala os 200 anos da independência do Brasil.

Fotografia: BGUC

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