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15.09.2022POR Helena Pais

DG/AAC não participa no ENDA até decisão em contrário em Assembleia Magna

A DG/AAC decidiu, mais uma vez, não participar do ENDA, como forma de protesto contra o modelo de votação vigente. Embora considere que o modelo alimenta desigualdades, João Caseiro reconhece que há opiniões diferentes e assegura que a participação da AAC no encontro vai ser discutida na próxima Assembleia Magna.

A Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) decidiu não comparecer no último Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA), que aconteceu nos dias 10 e 11 de setembro. Em causa está o modelo de votação das moções apresentadas no espaço de discussão. Em comunicado, a DG/AAC afirma que “o facto de cada associação de estudantes ter direito a um voto, independentemente da sua dimensão e dos estudantes que representa, é inconcebível” e “alimenta desigualdades”.

Esta não é a primeira vez que a Académica se afasta do ENDA. Já o tinha feito em 2015 e desde que regressou, no mesmo ano, deixou de participar nas votações. A atual DG/AAC também abandonou, juntamente com outras associações académicas, o encontro que se passou nos dias 4 e 5 de junho deste ano, depois de uma reunião extraordinária em que foi chumbado o regimento interno do ENDA que previa a alteração do modelo de votação, após mais de 18 horas de discussão.

De acordo com a DG/AAC, as alterações que foram chumbadas em junho não serviam para extinguir o modelo de votação atual, “mas para o expandir de forma a contemplar também o peso que cada associação tem, consoante os estudantes que representa a nível nacional”. João Caseiro, presidente da DG/AAC, explica que para uma moção ser aprovada, teria de passar pelo procedimento de votação atual e, numa segunda fase, por um formato representativo, segundo o qual cada associação teria direito a um voto por cada 1000 estudantes.

João Caseiro conta que, tendo em conta que nada se alterou desde junho, a DG/AAC entendeu que não fazia sentido voltar atrás com a atitude “audaz” de se retirar do encontro. O estudante da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) afirma que “foi unânime que esta seria a atitude correta a ter”.

Ainda assim, João Caseiro reconhece que há estudantes que não estão de acordo com a atitude da DG/AAC e apoiam o atual modelo de votação. Esta é, no entanto, “uma visão minoritária dentro dos associados efetivos da AAC”, na perspetiva do estudante de mestrado em Administração Educacional.

O presidente da DG/AAC garante que o assunto vai ser discutido na próxima Assembleia Magna e admite a possibilidade de a AAC participar em futuros encontros, mesmo que não se verifiquem alterações ao modelo de votação.

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