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07.09.2022POR Isabel Simões

Coimbra coloca em discussão pública Relatório sobre Estado do Ordenamento do Território

O documento vai ser aberto ao público durante 30 dias para os conimbricenses debaterem e proporem alterações. O relatório caracteriza a situação do território na última década e destina-se aos trabalhos preparatórios da segunda revisão do Plano Diretor Municipal.

A partir do debate público do Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território (REOT) vão ser desenhados planos setoriais, Grandes Opções do Plano e Orçamentos anuais. A primeira grande revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) verificou-se em 2014. Passados dez anos o Município de Coimbra decidiu iniciar o processo. A vereadora do urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Ana Bastos, no final da reunião do executivo da última segunda-feira, dia 5 de setembro, através da comunicação social, apelou à participação dos cidadãos.

Coimbra continua a perder população e continua a envelhecer, indicadores que preocupam a vereadora. Para inverter a situação, a autarca vinca a necessidade de concretizar um plano de viabilidade económica que consiga atrair empresas e criar emprego mas também a existência de uma política territorial “integrada” e “acolhedora” que leve as famílias a gostarem de viver em Coimbra.

De acordo com o relatório, a taxa de execução do Plano Diretor Municipal do concelho de Coimbra é muito baixa.

No REOT podemos ler que “das 96 ações previstas no Programa Execução da 1.ª Revisão do PDM, distribuídas por 5 vetores de intervenção (Acessibilidade, mobilidade e transportes, Empreendedorismo e inovação; Dinâmicas territoriais e sociais, Ambiente e qualidade de vida e Turismo, desporto, cultura e património) e 19 macro ações, 10% são de execução contínua, 6% estão total ou parcialmente executadas, 29% estão em execução, estando, ainda, por executar 55% das ações previstas”.

A vereadora dá o exemplo do Plano de Pormenor de Taveiro onde apenas foi construído o Estádio Sérgio Conceição e a taxa de execução se aproxima do zero. Adiantou que de momento o mesmo plano se encontra em revisão para avaliar a construção de habitação e/ou de atividades económicas.

A mobilidade, tema caro a Ana Bastos, tem no REOT um capítulo próprio. Cerca de 71 por cento das ações estão por executar, em especial a nível das acessibilidades. A vereadora insiste estar determinada em diminuir o número de automóveis que entram todos os dias na cidade. Para que tal aconteça vai ser necessário dotar o concelho de parques de estacionamento periféricos e de formas de mobilidade suave, para além do MetroBus com execução em curso. Das vias estruturantes planeadas e não executadas, da responsabilidade da CMC, a Via Santa Clara / S. Martinho do Bispo, “parece essencial” para o desenvolvimento da margem esquerda do Mondego.

A última reunião de Câmara realizou-se nos Bombeiros Voluntários de Brasfemes. A reunião foi interrompida cerca das 18h30  para  o presidente da Câmara de Coimbra poder apanhar um avião para o Brasil. O autarca está a acompanhar as celebrações dos 200 anos da Independência a convite do presidente da Mesa do Congresso Nacional do Brasil.

A reunião continua na próxima segunda-feira, dia 12, às 17h00 nos Paços do Concelho.

Fotografia: CMC

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