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Estudo “Evacuar Floresta” pretende criar sistema de apoio às comunidades em risco de incêndio Florestal
Em setembro a equipa do projeto constituída por Aldina Santiago, Hélder Craveiro e Luís Laím pretende realizar um simulacro. Entretanto estudaram o que já existe para determinar os vários cenários a propor.
Uma equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a Escola Nacional de Bombeiros e o Centro de Inovação e Competências da Floresta, está a estudar novos planos de emergência para as comunidades em risco de incêndio.
De acordo com Aldina Santiago, coordenadora do estudo e docente da FCTUC , “para os incêndios urbanos já existem planos de evacuação desenvolvidos, o que não acontece nos incêndios florestais”. À RUC a docente explicou o principal objetivo do estudo em curso.
Na atualidade, o que existe para o suporte à tomada de decisão, no caso dos incêndios florestais, “é muito reduzido em termos técnicos e científicos e depende em muito da sensibilidade do comandante no teatro das operações”, menciona a coordenadora do estudo.
Aldina Santiago aponta apoios que vão estar disponíveis para as entidades competentes. Adianta também que o estudo pretende “mitigar alguns problemas das pessoas” na situação de incêndio florestal.
Do projeto, fazem parte também os cientistas Hélder Craveiro e Luís Laím. No primeiro ano os trabalhos passaram pelo contacto com algumas comunidades para conhecerem os comportamentos das populações em situação de risco de incêndio, nos concelhos da Sertã e da Lousã.
Cerdeira e Cabanões, na Serra da Lousã foram comunidades já estudadas. A primeira, uma aldeia turística e de população flutuante. A segunda com uma população envelhecida de cerca de 25 pessoas. As soluções variam caso a caso. A coordenadora do estudo “Evacuar Floresta” dá indicação de uma solução possível.
Quando a evacuação dentro da localidade não é possível, torna-se importante debater com os habitantes uma retirada “pensada e discutida antes dos incêndios”, afirma Aldina Santiago.
Segundo a nota da Universidade de Coimbra a equipa está a trabalhar em modelos que permitem “simular a propagação do incêndio e a evacuação das pessoas”. Em breve vão ser estudados os incêndios ocorridos nos últimos meses e em setembro será realizado um simulacro de evacuação.
Nos primeiros meses os cientistas inventariaram o que já existe no que respeita a estratégias associadas à proteção das pessoas em cenário de incêndio rural. O levantamento abrangeu Portugal, mas também outros países onde os fogos florestais acontecem, como, por exemplo, Espanha, Itália, Grécia, Austrália e Estados Unidos da América, com incidência na Califórnia.
“Evacuar Floresta – Decisões e Planos de Evacuação em Cenários de Incêndio Florestal”, iniciou há um ano e termina em 2023. Conta com financiamento de 270 mil euros Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
fotografia: UC
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