Cáritas partilha histórias reais de quem pede ajuda

O que começou por ser apenas uma recolha de bens alimentares, tornou-se em algo mais criativo. O Centro Comunitário de Inserção decidiu dar histórias reais a pedidos de ajuda essenciais. Cristina Melo, diretora técnica do Centro Comunitário de Inserção da Cáritas Diocesana de Coimbra, contou à RUC que a ideia passa por tentar criar maior empatia por quem pede ajuda.

A diretora técnica diz que é importante que o cidadão comum veja a realidade daqueles que quase nada têm. Com o objetivo de alertar a população para as situações reais de desespero, a Instituição Particular de Solidariedade Social imprimiu panfletos com os valores monetários com que várias famílias têm de gerir o seu orçamento familiar, bem como as suas histórias.

Apesar da instituição tentar apoiar todos os que pedem ajuda, é dada prioridade a famílias com menores. Cristina Melo destaca as famílias mono parentais, onde existe uma dificuldade acrescida em arranjar emprego, devido à difícil tarefa de conciliar horários.

A pandemia veio trazer novos pedidos de ajuda, por parte de quem sentiu o chão a desaparecer por baixo dos próprios pés. O desaparecimento repentino de empregos precários durante a propagação do vírus da COVID-19 foi uma das razões que levou novos rostos ao Centro Comunitário de Inserção. Cristina Melo garante que são todos ajudados, independentemente da sua origem.

O Centro Comunitário de Inserção da Cáritas de Coimbra apoia pessoas com necessidades económicas com alimentação, atividades para crianças e adultos, apoio psicossocial, visitas domiciliárias e acompanha ainda processos no âmbito do Rendimento Social de Inserção.