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Rol de homenagens na cerimónia solene do Dia da Cidade

Figuras da cidade distinguidas em sessão que aconteceu na Feira do Livro. Discurso de José Manuel Silva foca-se na cultura de Coimbra, no novo aeroporto e na guerra na Ucrânia. Situação económica desfavorável leva autarca a admitir que, este ano, não vai ser possível realizar tudo a que se propunha.

Decorreu nesta segunda-feira, dia 4 de julho, a cerimónia solene das comemorações do Dia da Cidade. Iniciada com a exibição do Grupo de Fados “O Maio”, da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (SF/AAC), a sessão ficou marcada pela homenagem a uma série de figuras da cidade.

Luís Marinho, presidente da Assembleia Municipal de Coimbra, foi o primeiro a intervir. De acordo com representante político que abriu as hostilidades, o ato de celebrar os cidadãos que se destacam significa “a vitória da memória sobre o esquecimento”.

As figuras distinguidas eram provenientes das mais diversas áreas: Vítor Campos (Medalha de Mérito Desportivo, Grau Ouro, a título póstumo) e Francisco Andrade (Medalha da Cidade, Grau Ouro), jogador e treinador da Académica ao longo dos anos 60, respetivamente, Gonçalo Quadros (Medalha de Mérito Empresarial, Grau Ouro), co-fundador e CEO da Critical Software SA, António Carvalho (Medalha de Dedicação, Grau Ouro, a título póstumo), antigo Chefe de Divisão do Património e Aprovisionamento e das Compras e Logística da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Marques Teixeira (Medalha de Mérito Empresarial, Grau Prata), presidente do Conselho de Administração da Pereira & Santos, Lda., José Cunha Vaz (Medalha da Cidade, Grau Ouro), investigador, docente e médico oftalmologista, e Carlos Cidade (Medalha da Cidade, Grau Ouro), ex-vice-presidente e vereador da Câmara Municipal de Coimbra.

A cerimónia terminou com o discurso do presidente da Câmara Municipal de Coimbra José Manuel Silva, que começou por subscrever todas as homenagens prestadas. O autarca, que aproveitou ainda para deixar uma palavra à “veneranda” Rainha Santa Isabel, destacou a localização do evento.

De acordo com o antigo bastonário da Ordem dos Médicos, a Praça do Comércio tem sofrido um processo de “revitalização” com foco na cultura. Segundo indica, a par do turismo, este é um dos setores a que o executivo tem dado especial destaque ao longo destes meses.

Abordando uma das discussões que tem agitado as primeiras páginas dos jornais dos últimos dias, José Manuel Silva considerou um erro a localização do novo aeroporto nacional abaixo do Tejo. No seu entender, o cento do país seria uma opção que teria “mais lógica geopolítica”.

Nesse sentido, o autarca defendeu a criação de um fórum dos municípios da região centro para que o país deixe de se “reduzir às regiões metropolitanas do Porto e de Lisboa”.

Apesar de afirmar que “se sente a nova estratégia transformadora e uma renovada energia em Coimbra”, José Manuel Silva conclui que não vai ser capaz de fazer tudo a que se propõe. Conforme explica, a pandemia, a guerra na Ucrânia e a inflação associada são alguns dos desafios que o seu executivo tem de enfrentar.

A sessão solene foi encerrada da mesma forma como começou: ao som do fado do Grupo de Fado “O Maio”.

(Fotografia: Câmara Municipal de Coimbra)

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