[object Object]

Pedro Proença “A inscrição na lista do Património Mundial da UNESCO é uma distinção que muito honra a cidade, mas podíamos ter feito um melhor trabalho”

As intervenções ao património da cidade e a análise aos 9 anos da inscrição na lista do Património Mundial da UNESCO foram alguns dos temas em análise na entrevista a Pedro Proença.

O espaço de comentário do Observatório de 24 de junho contou com uma entrevista a Pedro Proença e Cunha, geólogo e investigador no Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e professor catedrático no Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Houve muito dinheiro disponível, usado para obras muitas das vezes inúteis [por parte da Câmara Municipal de Coimbra (CMC)]”

Pedro Proença e Cunha considera que a Universidade de Coimbra tem realizado um investimento enorme na reabilitação, enquanto que a CMC não tem executado intervenções de melhoria, mas sim “obras que não se percebem”, dando como exemplo as intervenções que se realizaram no Quebra Costas e as que estão a acontecer na Sé Velha. O geólogo confessa ainda que o município tem capacidade para fazer intervenções, mas que é necessário um devido aconselhamento de quem estuda o património classificado.

A falta de investimento na Rua da Sofia, é um dos temas que sensibiliza o geólogo. Sobre as intervenções que ocorreram na Alta, Pedro Proença e Cunha considera que foram “extremamente agressivas para o património mundial”.

Temos que ter cuidado para que o que exista não seja prejudicado só para que haja mais modernidade”

“Uma das razões que levam as pessoas a visitar Coimbra é o Património Mundial”, confessa Pedro Proença e Cunha. Com as várias intervenções na cidade, o professor apela ainda aos valores tradicionais da cidade, justificando que sem esses valores os turistas facilmente vão “estar cada vez menos tempo em Coimbra”. Desta forma, Pedro Proença e Cunha considera que certas intervenções vão prejudicar “o património e aquilo que está classificado”.

A entrevista na íntegra pode ser ouvida através do link que se encontra no topo do artigo

PARTILHAR: