Potencial saída de Coimbra da ANMP foi tema central na última reunião de Câmara

Decorreu nesta segunda-feira, a partir das 15h da tarde, nova reunião ordinária da Câmara Municipal de Coimbra (CMC). Uma semana após o último encontro, que acabou por ser adiado devido ao falecimento do vereador Carlos Cidade, o executivo municipal reuniu no Salão Nobre da Câmara.

No período antes da ordem do dia, a discussão começou com um dos temas que tem marcado a agenda da política autárquica conimbricense. Depois de, em entrevista à RTP, José Manuel Silva ter colocado a hipótese de criação de uma nova associação nacional de municípios que estivesse menos dependente do partido do governo e de ter afirmado que a autarquia de Coimbra já está a ponderar se fica ou sai da atual associação, o vereador da CDU Francisco Queirós usou da palavra para se expressar enquanto defensor da continuidade de Coimbra na associação.

Do lado do Partido Socialista, que já durante a semana tinha divulgado um comunicado em que afirmavam que “esta ameaça provocatória representa uma irresponsabilidade grave, ao ignorar e desrespeitar o trabalho autárquico e o poder local na construção do Portugal democrático, ofendendo todas e todos quantos se empenharam nessa honrosa construção”, rejeitando qualquer hipótese de criação de uma segunda associação nacional de municípios portugueses, Regina Bento interveio para apelar a José Manuel Silva que “não deixe Coimbra irremediavelmente só”.

Em resposta, o presidente da Câmara, José Manuel Silva, fez uma analogia com as duas centrais sindicais para explicar que o existência de mais do que uma associação de municípios não significa obrigatoriamente uma perda para a democracia.

Para além de acusar a ANMP de não defender os municípios em questões como a da ADSE, onde afirma que Coimbra perdeu 30 milhões de euros, José Manuel Silva acrescenta que a associação está alinhada com o partido do governo.

Esta foi uma questão que começou a ser levantada após o município do Porto, cuja Câmara Municipal é presidida por Rui Moreira, ter decidido a saída da ANMP em Assembleia Municipal.