Madalena Santos: “Não é só a realidade dos docentes que existe. Também existe a nossa, que é a realidade central da UC”
O trabalho dos estudantes do Conselho Geral da Universidade de Coimbra (CGUC) foi o foco da entrevista a Madalena Santos.
O espaço de comentário do Observatório do dia 6 de junho ficou a cargo de Madalena Santos, representante dos estudantes do Conselho Geral da Universidade de Coimbra.
“O trabalho no Conselho Geral acaba por ser um pouco ingrato”
Madalena Santos afirma que os estudantes estão pouco representados no Conselho Geral da UC, o que acaba por afetar a sua força dentro do órgão. Com apenas 5 representantes, Madalena assume que é difícil que as propostas apresentadas sejam aprovadas pelo organismo, sublinhando que a fraca representatividade estudantil “acaba por ser quase como uma pedra no sapato para conseguir marcar as nossas posições dentro do Conselho Geral”.
“Houve um levantamento das necessidades das residências com o objetivo de demonstrar no Conselho Geral as dificuldades que os estudantes enfrentam”
Apontando que poderá haver uma falta de sensibilidade da parte dos docentes para perceber os problemas das residências, a estudante declara que ainda há falta de comunicação dos alunos com os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC). No seu entender, são apenas algumas habitações que desenvolvem soluções para este tipo de problema.
Comparativamente ao projeto “Porta-a-Porta”, levado a cabo pela Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), Madalena afirma que o levantamento feito pelos estudantes conselheiros, apesar de ter usado uma amostra mais reduzida, acaba por complementar o trabalho dos dirigentes associativos.
Ainda no âmbito da ação social, a estudante aborda a temática das cantinas. Referenciando o reitor Amílcar Falcão em entrevista à RUC, Madalena Santos afirma que não basta “passar para o outro lado da estrada” para ter acesso ao prato social disponibilizado pelos SASUC.
“O que nós temos tentado fazer é pôr os docentes no nosso papel”
A representante dos estudantes do conselho geral da Universidade de Coimbra expressou ainda que é necessário que os docentes sintam o que existe para além da sua realidade, afirmando que a experiência central é sentida e vivenciada pelos estudantes.
Ao afirmar que a Universidade de Coimbra é para os estudantes, Madalena Santos lembra a proposta de alteração do calendário escolar que afetaria a relação académica dos estudantes ao terem atividades letivas durante o período da Queima das Fitas. Caso isso acontecesse, surgiria um problema grande que afetaria muito a semana festiva. Apesar das dúvidas causadas no Conselho Geral, a representante menciona que o período de calendário estabelecido acaba por se tornar no mesmo dos anos letivos anteriores.
A entrevista na íntegra pode ser ouvida através do link que se encontra no topo do artigo.