Protestantes marcham na Baixa de Coimbra contra o aumento do custo de vida
A manifestação, centrada no combate ao aumento do custo de vida, reivindicou mais rendimentos para trabalhadores e pensionistas e uma regulação de preços forte e eficaz.
O Movimento os Mesmos de Sempre a Pagar marchou na tarde de dia 3, em protesto, do Largo da Portagem até à Praça 8 de maio. Em declarações à RUC, Fernando Teixeira, porta-voz do movimento sempre os mesmos a pagar, refere que o aumento do custo de vida é evidente e enumera as propostas que o seu movimento apresenta para atenuar o efeito da inflação.
Segundo o dirigente, o grande objetivo desta arruada é alertar e pressionar o governo a tomar em consideração as reivindicações deste movimento. Fernando Teixeira acredita que a indignação e mobilização popular à volta da temática da inflação, leve o governo a implementar medidas que impeçam um corte real nos salários, provocado pelo aumento de preços.
Fernando Teixeira aponta os preços dos combustíveis, como um fator chave na degradação das condições de vida da população. Afirma que o estado deve regular o sector energético de modo a impedir a especulação de preços e os lucros dos grandes fornecedores.
Outra necessidade que o movimento aponta, é a regulação de preços dos alimentos básicos que os portugueses consomem no dia-a-dia. Propõe a criação de uma cesta básica de alimentos, cujos preços de venda seriam controlados pelo Estado.
Aos microfones da RUC, Vasco Paiva, participante no protesto, confessou que foram os elevados níveis de inflação que o levaram a juntar-se à manifestação . Para o manifestante, a inflação afeta mais uns, do que outros.
A manifestação terminou na praça 8 de maio, com gritos de protesto, onde as exigências do movimento ficaram uma vez mais patentes, desta feita junto à Câmara Municipal de Coimbra.