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Reação às declarações do reitor leva horas em Assembleia Magna

Nota de repúdio redigida e assinada por dezenas de estruturas da academia foi a votos contra nota pública apresentada por João Caseiro. Após empate, DG/AAC abstém-se e vincula Associação ao primeiro documento.

Na passada quarta-feira, dia 27 de abril, realizou-se mais uma Assembleia Magna. A discussão intensificou-se com a apresentação de uma nota pública por parte da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) e uma nota de repúdio como “contraproposta”.

João Caseiro, presidente da Direção-Geral da AAC, abriu a Assembleia Magna ao ler uma nota pública sobre as declarações do reitor. O tema gerou controvérsia, as opiniões dividiram-se e a discussão durou mais de quatro horas até à aprovação da nota de repúdio como tomada de posição dos estudantes.

César Sousa, secretário-geral do Conselho Cultural da AAC, foi um dos autores da nota de repúdio, e considerou que o comunicado lançado na semana passada pela Direção-Geral ficou muito aquém daquilo que se pretendia.

João Caseiro depois de dar a conhecer que não houve nenhum convite para que a Direção-Geral fizesse parte da nota de repúdio, acrescentou que os estudantes deturparam o conteúdo da nota pública durante a discussão em Magna e apelou à resolução dos problemas de forma prática.

Ghyovana Carvalho, aluna de direito, subiu ao púlpito para questionar os membros da Direção-Geral no que toca à distância dos temas escolhidos nas duas notas. Para a estudante esta tratou-se de uma questão de autor e de quem assina no final.

Ainda em resposta à nota elaborada pela atual Direção-Geral, Pedro Andrade, presidente da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, acrescentou que se deve optar pela “unidade” dentro da Academia. E, por isso, a solução seria toda a Associação Académica de Coimbra, onde se inclui a DG, se “colocar ao lado” de todas as estruturas da casa que “todos os dias trabalham pela cultura e pelo desporto”, defendeu o estudante.

César Sousa, durante uma das suas intervenções, relembrou Cesário Silva sobre a posição que o estudante teria naquela situação. O estudante não duvida que o antigo presidente iria ficar do lado dos estudantes, levando a Direção-Geral a abster-se na votação.

Depois de várias intervenções e de um empate na votação entre os dois documentos propostos, a nota de repúdio foi aprovada com a Direção-Geral a abster-se e, por isso, houve um total de quarenta e uma abstenções.

A nota de repúdio será entregue à Reitoria da Universidade de Coimbra nos próximos dias.

 

Fotografia cedida pelo Jornal Universitário- A Cabra.

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