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27.04.2022POR Laura Rojo

GEFAC leva “rituais e celebrações” populares em forma de fotografia ao Quebra Costas

“Rituais de Corpo e Alma” é o nome da exposição de Egídio Santos e Arnaldo Carvalho, inserida nas Jornadas de Cultura Popular do GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra), que homenageia as festas e rituais da Península Ibérica.

Ao longo da Rua Quebra Costas, uma das mais célebres de Coimbra, estão expostas fotografias de momentos captados em rituais e celebrações pela Península Ibérica. “Rituais de Corpo e Alma” é um trabalho que se centra na festa, na religião, em rituais e na tradição que sobreviveu até à atualidade. No âmbito do programa “XVIII Jornadas de Cultura Popular” do GEFAC, insere-se esta obra fotográfica, no tema “Festa, Ritos e Gentes”.  

A exibição de Egídio Santos e Arnaldo Carvalho vai estar exposta gratuitamente  de 23 de abril a 8 de maio. Na quarta-feira, dia 27 de abril, o fotógrafo Arnaldo Carvalho guiou o público pelas fotografias, e contou as histórias por detrás delas. Questionado sobre o processo criativo e o resultado final, o fotógrafo comentou com a Rádio Universidade de Coimbra (RUC) sobre este “desafio” proporcionado pelo GEFAC, e no resultado do trabalho realizado com Egídio Ramos. 

As montras das lojas desta rua estão repletas de caretos, jovens domadores de cavalos, músicos de terreiro e de alvorada, entre outros elementos tradicionais e típicos de diversas regiões. Na presença de tantas festas e rituais, surgiu o tópico da transformação da tradição e da cultura. Arnaldo Carvalho comentou que “mexer na tradição não é necessariamente estragar”- Em conversa com a RUC, explicou que “não podemos ser puristas” e que para garantir a sobrevivência, é necessária a modernização. 

“Mau Feitio”, “Restaurante Medina” e “Tapas nas Costas” são só alguns exemplos das montras decoradas com fotografias de “Rituais de Corpo e Alma”. Enquanto apresentava o seu trabalho, Arnaldo Carvalho admitiu ter encontrado algumas dificuldades no espaço, bem como em selecionar as fotografias expostas. Contudo, apesar dos obstáculos, Arnaldo Carvalho apela à criação e dinamização de mais espaços artísticos deste tipo, acessíveis e gratuitos, onde o público não precise de se deslocar para entrar em contacto com a arte. 

Esta XVIII edição das Jornadas de Cultura Popular do GEFAC continua ainda com eventos e atividades até 8 de maio, com espetáculos, jogos tradicionais e oficinas de dança pela cidade. Para mais detalhes e informações, consulte o website: www.gefac.pt/jornadas-de-cultura-popular.

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