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Debate entre os candidatos à DG/AAC fica marcado pela discussão acerca das declarações do reitor

Diogo Vale e João Caseiro debateram as visões que têm para a Associação Académica de Coimbra. O candidato da lista U destacou a necessidade de mais reivindicação e ações de rua, já o candidato da lista V lembrou que este é o mesmo projeto e a mesma equipa que venceu as eleições em Novembro e destacou o regresso do prato social às cantinas rosa como prioridade da sua lista.

Hoje, pelas 18h30m, os candidatos à presidência da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), João Caseiro pela lista V e Diogo Vale pela lista U, estiveram num frente a frente onde puderam expor as suas diferenças e discutir as suas ideias para a mais antiga Associação Académica do país.

Quando chamado a apresentar a sua lista, João Caseiro explicou que o projeto que leva a cabo pretende dar continuidade àquilo que está já a ser feito e lembrou que esta é a mesma equipa que foi eleita em novembro e que quer por em prática as suas ideias e o plano de atividades que já se encontra ratificado em Assembleia Magna.

Por seu lado, aquilo que move Diogo Vale e a sua equipa é uma necessidade de maior reivindicação por parte da AAC. O estudante de medicina lembrou as declarações do reitor à RUC e considerou-as completamente antagónicas face aquilo que são as opiniões dos estudantes. Para o candidato da lista U só com uma maior unidade se conseguem atingir os objetivos.

Ainda em relação às declarações do reitor Diogo Vale mostrou descontentamento pelo comunicado lançado pela DG/AAC. Para o candidato da lista U o comunicado foi, no mínimo, “frouxo” até porque muitas das questões abordadas já tinham sido discutidas em Assembleia Magna, pelo que se conhece a posição da comunidade estudantil em relação a esses temas.

Diogo Vale explicou que a estratégia da sua lista passa por mais ações de rua, uma vez que o diálogo com a reitoria não está a resultar. O candidato dá o exemplo da questão do prato social que há muito é discutido em Assembleias Magnas e que foi desvalorizado pelo reitor de forma “quase irónica”.

Em resposta, João Caseiro afirmou que a grande prioridade da atual direção geral e da lista a que preside será o regresso do prato social às cantinas rosa. O atual vice presidente da DG lembrou as grandes filas para as cantinas e a forma como estas muitas vezes impedem os estudantes de comer dentro do intervalo de tempo que têm disponível para almoço.

Quanto a uma suposta falta das ações de rua durante o atual mandato, João Caseiro refutou a ideia lembrando a manifestação de 24 de Março em Lisboa e mostrando-se aberto a que haja mais ações do género sempre que tal se justifique.

No entanto, João Caseiro distanciou-se da manifestação que decorreu no dia de hoje em frente a Porta Férrea exigindo mais ação social. O candidato da lista V explicou que esta devia ter sido convocada em Assembleia Magna e não deveria ter lugar no primeiro dia de campanha eleitoral, acusando Diogo Vale de estar na organização e se escudar em alguns dos elementos da sua lista.

Outro dos assuntos abordados foi a questão das obras do edifício. João Caseiro admitiu que esta primeira fase de intervenção não será suficiente sendo que é agora necessário estudar as próximas intervenções e perceber que as financiará.

Já no que toca ao assédio, Diogo Vale lembrou que o mesmo constitui crime e que a Universidade devia auxiliar no encaminhamento judicial. Já João Caseiro lembrou o comunicado da Direção Geral e a importância de discutir esta questão. Ambos os candidatos concordaram que há necessidade da Universidade de Coimbra prestar um maior acompanhamento psicológico aos estudantes.

O financiamento da AAC foi outro dos temas abordados. Diogo Vale foi perentório, a AAC deve ter financiamento público e manter a sua independência e imparcialidade.

 

Já João Caseiro não descarta investimento privado, desde que respeite os princípios estatutários e basilares da AAC.

O Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior também não ficou esquecido neste debate. Diogo Vale lembrou que há uma obrigação legal para que o documento seja revisto, mas acima disso, que há a necessidade de o rever já que contem elementos que põem em causa a gestão democrática das instituições de ensino superior.

Já no final do debate João Caseiro lembrou a relevância cultural, desportiva, social e política da AAC na cidade de Coimbra e em todo o país e mostrou vontade de criar uma maior ligação às varias entidades e parceiros que costumam colaborar com a AAC.

O debate que decorreu no Student Hub, foi uma organização conjunta da RUC, do Jornal Universitário A Cabra e da tvAAC e pode ser ouvido em formato podcast acima ou no serviço de Spotify da RUC. O ato eleitoral decorre já na próxima terça feira dia 26.

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