Reitor da UC critica “reforços” do Orçamento de Estado para o Ensino Superior
Amílcar Falcão aponta que aumentos são falaciosos e que a construção de residências resulta em perdas para a instituição. No PRR, o dirigente refere que a UC “vai a tudo”.
O programa Observatório da passada sexta-feira, dia 15, ficou marcado pela presença do reitor da Universidade de Coimbra (UC) Amílcar Falcão. Entre os muitos temas discutidos durante os mais de 40 minutos de conversa, os objetivos do governo para a novo Orçamento de Estado 2022 e os vários projetos da UC para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) acabaram por estar em cima da mesa.
Em resposta às notícias que dão conta de um reforço de 18,7% face ao total do dinheiro gasto no passado ano de 2021, o reitor afirma que, sendo estas verbas oriundas do PRR e tendo como finalidade o financiamento e não o funcionamento, este valor não pode ser considerado.
Apontando a quantia gasta pelo Estado com os estudantes bolseiros em comparação com o custo operacional que a UC tem na adição de cada cama, Amílcar Falcão explica que as instituições de Ensino Superior acabam a perder dinheiro.
Assim, o ex-diretor da Faculdade de Farmácia da UC (FFUC) conclui que caracterizar estes valores como “um aumento do Orçamento de Estado” não é sério.
Neste sentido, o reitor acaba por destacar que a Universidade de Coimbra também procura algum do dinheiro destinado à requalificação e construção de residências, dado que apresentou uma série de candidaturas.
Amílcar Falcão assinala ainda que a UC não estabeleceu qualquer tipo de prioridades no ataque ao PRR. De acordo com as palavras do reitor, a Universidade candidatou-se (e continua a candidatar-se) a tudo para que é elegível.
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