Apesar das reclamações estudantis, reitor afirma que procura por prato social “diminuiu consideravelmente”
Para Amílcar Falcão, falta de espaços que ofereçam prato social não é hoje um problema dos estudantes. Responsável reitera que ação social da UC não é para quem não estuda.
A promessa da disponibilização de refeição social em todas as cantinas dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC), que ainda remonta ao tempo do reitor João Gabriel Silva, continua por cumprir. Em entrevista no programa Observatório da passada sexta-feira, dia 15, Amílcar Falcão, atual reitor da Universidade de Coimbra (UC), explica que o prometido é exequível, mas que a procura não o justifica.
Amílcar Falcão, empossado em 2019 (embora já assumisse a pasta de investigação científica enquanto vice-reitor), acrescenta que, na sua perspetiva, a pandemia terá trazido novos hábitos aos estudantes, e, por isso, a afluência às cantinas não deve aumentar.
O reitor lembra que, durante a requalificação das cantinas amarelas, teve de fazer adaptações ao projeto para que estas pudessem também albergar o prato social.
No entanto, Amílcar Falcão considera que a oferta do prato social nunca se revelou importante, uma vez que as cantinas azuis “chegam perfeitamente”.
O professor catedrático faz também questão de referir que as indicações que deu aos SASUC foram de que, caso se revelasse necessário, fosse disponibilizado o prato social em outras cantinas.
Confrontado com as longas filas que, de acordo com os dados recolhidos pelo Jornal Universitário “A Cabra” numa reportagem da sua edição 307, levam a que muitos estudantes não frequentem os espaços dos SASUC, o reitor aponta as coincidências horárias como problema e promete averiguar a situação.
SASUC Go ainda gera divergências de fundo
Com o intuito de minorar a dimensão das filas e de promover uma maior rapidez no atendimento das cantinas, Amílcar Falcão relembra a aposta na app SASUC Go.
Em Assembleia Magna decorrida no passado dia 20 de outubro, o tópico já tinha suscitado discussão, levando a uma manifestação que se batia pela não exigência da aplicação nas cantinas (para além de reivindicar também o regresso do prato social às cantinas rosas).
Uma das razões que tinha motivado a tomada de posição dos estudantes – a exclusão dos cidadãos não estudantes dos serviços dos SASUC – foi imediatamente descartada pelo reitor.
A outra razão – a obrigatoriedade de carregamento mínimo na aplicação no valor de 5€ – já está a ser resolvida, segundo afirma o dirigente da Universidade.
Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra através do link acima ou acedendo ao nosso Spotify.