Reivindicações contra novo edifício de habitação social no Bairro da Rosa ouvidas pelo presidente da Câmara

Após o levantamento de preocupações pelas associações de moradores e pela União das Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades na construção de habitação no Bairro da Rosa, o presidente do município de Coimbra, José Manuel Silva, acompanhado pelas vereadoras Ana Bastos e Ana Cortez Vaz, reuniu com estas entidades na passada manhã desta sexta-feira – é de recordar que a Assembleia de Freguesia de Eiras e S. Paulo de Frades aprovou esta semana, por unanimidade, um voto de protesto pela anunciada construção de um novo edifício de 32 fogos para habitação social, na rua Cidade de Cambridge.

Em entrevista à RUC, o presidente da União de Freguesias de Eiras e S. Paulo de Frades, Luís Correia, conta que o executivo camarário considera a retirada da habitação social do edifício.

O responsável acrescentou ainda que a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) se comprometeu a procurar no Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e no Programa 1º Direito soluções para reprogramar a candidatura aos fundos comunitários. Luís Correia olha para esta abertura por parte da Câmara com otimismo.

O presidente da União de Freguesias, que, em representação da coligação Juntos Somos Coimbra, ganhou as eleições ao socialista Fernando Abel, considera que a reunião serviu para dar voz às reivindicações dos moradores.

Ainda assim, quando questionado se ficou confortável com o desfecho da reunião, Luís Correia admite à RUC que a solução preferível seria a não construção do edifício.

O empresário, antigo líder da Juventude Social Democrata (JSD) de Coimbra, conclui que, dadas as circunstâncias da programação dos fundos comunitários, o princípio de ouvir os munícipes já é um passo positivo – algo a que afirma não ter assistido muitas vezes no passado.

O presidente da União de Freguesias de Eiras e S. Paulo de Frades, que tinha afirmado em Assembleia de Freguesia que “a pressa pode precipitar-nos para a tomada de medidas políticas erradas com impactos negativos irreversíveis”, mostra-se satisfeito com a consideração em retirar a habitação social do edifício a ser construído no Bairro da Rosa.