Tomás Vidal: “A atribuição de verbas [referente à QF21] ainda está retida”
As dificuldades no acesso às contas bancárias dos núcleos de estudantes e a ausência de verbas provenientes da realização da Queima das Fitas para os núcleos de estudantes foram alguns dos problemas apontados pelo Conselho Internúcleos.
O comentário do programa Observatório esteve a cargo de Tomás Vidal, secretário-geral do Conselho Internúcleos da Associação Académica de Coimbra (CIN/AAC).
O estudante de Sociologia foi indigitado pela Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) e tomou posse como secretário-geral no passado dia 22 de março.
“É um órgão que garante que os mandatos dos núcleos de estudantes corram sempre da melhor maneira”
Segundo os Estatutos da Associação Académica de Coimbra (EAAC), trata-se de um órgão executivo que representa todos os Núcleos de Estudantes e que tem “competências de fiscalização financeira e contabilística” e de “promoção de saídas profissionais e recrutamento”.
Tomás Vidal defende que o órgão não pretende substituir as competências dos pelouros das saídas profissionais e da direção-geral nos respetivos núcleos de estudantes, porque salienta que o trabalho do conselho internúcleos é “sempre em prol do bem da AAC” com um contributo mais específico no auxílio de todos os núcleos de estudantes.
Para além do secretário-geral, segundo os EAAC são indicadas mais duas pessoas pela DG/AAC, neste caso, o vice-presidente João Diogo e Rita Ferraz tomaram posse ao lado de Tomás Vidal.
A equipa do CIN/AAC é ainda composta por um coordenador para as saídas profissionais, David Neves, duas secretárias, Inês Silva e Mariana Rodrigues, e ainda uma tesoureira, Carolina Duarte.
“Existe uma falta de autonomia”
Na visão de Tomás Vidal existe uma “falta de autonomia” do órgão, uma vez que uma das competências do CIN é respeitar e seguir as orientações e as diretivas da Direção-Geral da AAC, principalmente, no âmbito das políticas pedagógicas e de emprego.
“Um dos objetivos é estabelecer uma comunicação muito sólida e muito regular com a DG”
O secretário-geral do CIN afirma que um dos objetivos desta equipa é manter uma comunicação próxima e recorrente com a Direção-Geral da AAC para que seja possível discutir, seguir as indicações e, posteriormente, transmiti-las aos núcleos de estudantes. Tomás Vidal defende que através de uma comunicação próxima entre DG/AAC e núcleos é possível demonstrar o “poder real” do CIN/AAC, para que não seja “meramente um órgão folclórico”.
“As verbas atribuídas pela queima das fitas é a grande fatia do bolo do financiamento dos núcleos”
Um dos principais objetivos do Conselho Internúcleos é fiscalizar e regularizar a situação contabilística dos núcleos. Porém, o secretário-geral avança que existe um problema com o acesso às contas bancárias por parte dos núcleos há vários anos, mas que o mesmo já está a ser analisado pela tesoureira, Carolina Duarte, desde que tomaram posse.
Para além do difícil acesso às contas bancárias, o financiamento através da distribuição das verbas da Queima das Fitas ainda não chegou aos bolsos dos núcleos de estudantes. O problema prende-se com a inexistência de aprovação do Relatório e Contas da edição de 2021 e, por isso, “a atribuição de verbas ainda está retida”, confessou Tomás Vidal.