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UC lidera segundo maior projeto de formação financiado pelo PRR

Com um financiamento aprovado de 16,5 milhões de euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a candidatura “Living the Future Academy” tem como objetivo preparar nos próximos quatro anos entre 8.000 a 12.000 pessoas da Região Centro e dos Açores para desafios futuros.

“Não deixar ninguém para trás” foi a vontade expressa pela vice-reitora, Cristina Albuquerque ao apresentar o projeto, esta segunda-feira, dia 11, antes da assinatura do protocolo entre a Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Viseu (IPV) e Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

O programa de formação abrange áreas como a “saúde, tecnologia, formação de professores, artes, engenharia, empreendedorismo jovem e sustentabilidade e economia circular”, entre outras.

O reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, salientou a importância da Universidade de Coimbra se firmar no território e de transferir conhecimento para a sociedade.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Universidade dos Açores, associaram-se à UC e IPV e IPG bem como a várias Comunidades Intermunicipais, empresas e instituições para desenharem programas de formação que cumpram os requisitos do “Impulso Jovens STEAM” e do “Incentivo Adultos” do PRR.

De acordo com Amílcar Falcão, só na Região Centro, o projeto engloba 73 dos 100 municípios da região. O reitor da UC reforça a necessidade de o consórcio estar “virado para o território e para as pessoas” e de ter programas que “sejam soluções e não parte do problema”.

O “Living the Future Academy” é o segundo projeto de formação do PRR com mais verba atribuída depois da candidatura da Universidade de Lisboa. No total o plano reserva 252 milhões para requalificar os portugueses. Foram aprovadas na primeira fase 33 candidaturas em que estão presentes 83 Instituições de Ensino Superior e mais de duas mil entidades da sociedade civil.

A diretora-geral do Ensino Superior, Maria da Conceição Bento, lembrou à comunicação social que o governo tem como objetivos ter 60 por cento de jovens com vinte anos no Ensino Superior até 2023 e atingir 50 por cento de adultos, entre os 30 e os 34 anos, com formação superior.

A dirigente espera que as candidaturas aprovadas ajudem as Instituições de Ensino Superior a “repensar os processos pedagógicos” mas também a melhorar a articulação “com o tecido produtivo”.

Se os objetivos se cumprirem, em 2026, segundo Maria da Conceição Bento, o país terá mais 18 mil jovens formados em novas tecnologias STEAM (ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática ) e mais 90 mil adultos envolvidos em ações de formação.

O projeto prevê a criação de nove novos cursos de Licenciatura e Mestrado e de mais de uma centena de cursos curtos, não conferentes de grau. São oito as “academias temáticas” mencionadas por Cristina Albuquerque.

Têm em conta “‘soft skills’, inteligência digital, robótica, saúde e longevidade, formação de professores, empreendedorismo jovem e sustentabilidade e economia circular”, entre outros.

“Living the Future Academy” envolve mais de 100 parceiros, incluindo órgãos da administração local e regional e as Comunidades Intermunicipais da Região de Coimbra, do Oeste, das Beiras e Serra da Estrela, Viseu Dão Lafões e Médio Tejo. Empresas, incubadoras, clusters competitivos, associações industriais, organizações públicas e privadas, ordens profissionais e instituições de ensino superior estrangeiras também partilham o consórcio.

(Fotografia UC| Paulo Amaral)

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